quarta-feira, 21 de setembro de 2016
Angiospermas
Atualmente são conhecidas cerca de 350 mil espécies de plantas - desse total, mais de 250 mil são angiospermas. A palavra angiosperma vem do grego angeios, que significa 'bolsa', e sperma, 'semente'. Essas plantas representam o grupo mais variado em número de espécies entre os componentes do reino Plantae ou Metaphyta.
Flores e frutos: aquisições evolutivas
As angiospermas produzem raiz, caule, folha, flor, semente e fruto. Considerando essas estruturas, perceba que, em relação às gimnospermas, as angiospermas apresentam duas "novidades": as flores e os frutos.
As flores podem ser vistosas tanto pelo colorido quanto pela forma; muitas vezes também exalam odor agradável e produzem um líquido açucarado - o néctar - que serve de alimento para as abelhas e outros animais. Há também flores que não têm peças coloridas, não são perfumadas e nem produzem néctar.
As partes da flor
Os órgãos de suporte – órgãos que sustentam a flor, tais como:
pedúnculo – liga a flor ao resto do ramo.
receptáculo – dilatação na zona terminal do pedúnculo, onde se inserem as restantes peças florais.
Órgãos de proteção
Órgãos que envolvem as peças reprodutoras propriamente ditas, protegendo-as e ajudando a atrair animais polinizadores. O conjunto dos órgãos de proteção designa-se perianto. Uma flor sem perianto diz-se nua.
cálice – conjunto de sépalas, as peças florais mais parecidas com folhas, pois geralmente são verdes. A sua função é proteger a flor quando em botão. A flor sem sépalas diz-se assépala. Se todo o perianto apresentar o mesmo aspecto (tépalas), e for semelhante a sépalas diz-se sepalóide. Neste caso diz-se que o perianto é indiferenciado.
corola – conjunto de pétalas, peças florais geralmente coloridas e perfumadas, com glândulas produtoras de néctar na sua base, para atrair animais. A flor sem pétalas diz-se apétala. Se todo o perianto for igual (tépalas), e for semelhante a pétalas diz-se petalóide. Também neste caso, o perianto se designa indiferenciado.
Órgãos de reprodução
folhas férteis modificadas, localizadas mais ao centro da flor e designadas esporófilos. As folhas férteis masculinas formam o anel mais externo e as folhas férteis femininas o interno.
androceu – parte masculina da flor, é o conjunto dos estames. Os estames são folhas modificadas, ou esporófilos, pois sustentam esporângios. São constituídas por um filete (corresponde ao pecíolo da folha) e pela antera (corresponde ao limbo da folha);
gineceu – parte feminina da flor, é o conjunto de carpelos. Cada carpelo, ou esporófilo feminino, é constituído por uma zona alargada oca inferior designada ovário, local que contém óvulos. Após a fecundação, as paredes do ovário formam o fruto. O carpelo prolonga-se por uma zona estreita, o estilete, e termina numa zona alargada que recebe os grãos de pólen, designada estigma. Geralmente o estigma é mais alto que as anteras, de modo a dificultar a autopolinização.
Os frutos contêm e protegem as sementes e auxiliam na dispersão na natureza. Muitas vezes eles são coloridos, suculentos e atraem animais diversos, que os utiliza como alimento. As sementes engolidas pelos animais costumam atravessar o tubo digestivo intactas e são eliminadas no ambiente com as fezes, em geral em locais distantes da planta-mãe, pelo vento, por exemplo. Isso favorece a espécie na conquista de novos territórios.
Atualmente são conhecidas cerca de 350 mil espécies de plantas - desse total, mais de 250 mil são angiospermas. A palavra angiosperma vem do grego angeios, que significa 'bolsa', e sperma, 'semente'. Essas plantas representam o grupo mais variado em número de espécies entre os componentes do reino Plantae ou Metaphyta.
Flores e frutos: aquisições evolutivas
As angiospermas produzem raiz, caule, folha, flor, semente e fruto. Considerando essas estruturas, perceba que, em relação às gimnospermas, as angiospermas apresentam duas "novidades": as flores e os frutos.
As flores podem ser vistosas tanto pelo colorido quanto pela forma; muitas vezes também exalam odor agradável e produzem um líquido açucarado - o néctar - que serve de alimento para as abelhas e outros animais. Há também flores que não têm peças coloridas, não são perfumadas e nem produzem néctar.
As partes da flor
Os órgãos de suporte – órgãos que sustentam a flor, tais como:
pedúnculo – liga a flor ao resto do ramo.
receptáculo – dilatação na zona terminal do pedúnculo, onde se inserem as restantes peças florais.
Órgãos de proteção
Órgãos que envolvem as peças reprodutoras propriamente ditas, protegendo-as e ajudando a atrair animais polinizadores. O conjunto dos órgãos de proteção designa-se perianto. Uma flor sem perianto diz-se nua.
cálice – conjunto de sépalas, as peças florais mais parecidas com folhas, pois geralmente são verdes. A sua função é proteger a flor quando em botão. A flor sem sépalas diz-se assépala. Se todo o perianto apresentar o mesmo aspecto (tépalas), e for semelhante a sépalas diz-se sepalóide. Neste caso diz-se que o perianto é indiferenciado.
corola – conjunto de pétalas, peças florais geralmente coloridas e perfumadas, com glândulas produtoras de néctar na sua base, para atrair animais. A flor sem pétalas diz-se apétala. Se todo o perianto for igual (tépalas), e for semelhante a pétalas diz-se petalóide. Também neste caso, o perianto se designa indiferenciado.
Órgãos de reprodução
folhas férteis modificadas, localizadas mais ao centro da flor e designadas esporófilos. As folhas férteis masculinas formam o anel mais externo e as folhas férteis femininas o interno.
androceu – parte masculina da flor, é o conjunto dos estames. Os estames são folhas modificadas, ou esporófilos, pois sustentam esporângios. São constituídas por um filete (corresponde ao pecíolo da folha) e pela antera (corresponde ao limbo da folha);
gineceu – parte feminina da flor, é o conjunto de carpelos. Cada carpelo, ou esporófilo feminino, é constituído por uma zona alargada oca inferior designada ovário, local que contém óvulos. Após a fecundação, as paredes do ovário formam o fruto. O carpelo prolonga-se por uma zona estreita, o estilete, e termina numa zona alargada que recebe os grãos de pólen, designada estigma. Geralmente o estigma é mais alto que as anteras, de modo a dificultar a autopolinização.
Os frutos contêm e protegem as sementes e auxiliam na dispersão na natureza. Muitas vezes eles são coloridos, suculentos e atraem animais diversos, que os utiliza como alimento. As sementes engolidas pelos animais costumam atravessar o tubo digestivo intactas e são eliminadas no ambiente com as fezes, em geral em locais distantes da planta-mãe, pelo vento, por exemplo. Isso favorece a espécie na conquista de novos territórios.
Gimnospermas
As gimnospermas (do grego Gymnos: 'nu'; e sperma: 'semente') são plantas terrestres que vivem, preferencialmente, em ambientes de clima frio ou temperado. Nesse grupo incluem-se plantas como pinheiros, as sequóias e os ciprestes.
As gimnospermas possuem raízes, caule e folhas. Possuem também ramos reprodutivos com folhas modificadas chamadas estróbilos. Em muitas gimnospermas, como os pinheiros e as sequóias, os estróbilos são bem desenvolvidos e conhecidos como cones - o que lhes confere a classificação no grupo das coníferas.
Há produção de sementes: elas se originam nos estróbilos femininos. No entanto, as gimnospermas não produzem frutos. Suas sementes são "nuas", ou seja, não ficam encerradas em frutos.
Reprodução das gimnospermas
Vamos usar o pinheiro-do-paraná (Araucária angustifólia) como modelo para explicar a reprodução das gimnospermas. Nessa planta os sexos são separados: a que possui estróbilos masculinos não possuem estróbilos femininos e vice-versa. Em outras gimnospermas, os dois tipos de estróbilos podem ocorrer numa mesma planta. Cones ou estróbilos O estróbilo masculino produz pequenos esporos chamados grãos de pólen. O estróbilo feminino produz estruturas denominadas óvulos. No interior de um óvulo maduro surge um grande esporo. Quando um estróbilo masculino se abre e libera grande quantidade de grãos de pólen, esses grãos se espalham no ambiente e podem ser levados pelo vento até o estróbilo feminino. Então, um grão de pólen pode formar uma espécie de tubo, o tubo polínico, onde se origina o núcleo espermático, que é o gameta masculino. O tubo polínico cresce até alcançar o óvulo, no qual introduz o núcleo espermático. No interior do óvulo, o grande esporo que ele abriga se desenvolve e forma uma estrutura que guarda a oosfera, o gameta feminino. Uma vez no interior do óvulo, o núcleo espermático fecunda a oosfera, formando o zigoto. Este, por sua vez, se desenvolve, originando um embrião. À medida que o embrião se forma, o óvulo se transforma em semente, estrutura que contém e protege o embrião Nos pinheiros, as sementes são chamadas pinhões. Uma vez formados os pinhões, o cone feminino passa a ser chamado pinha. Se espalhadas na natureza por algum agente disseminador, as sementes podem germinar. Ao germinar, cada semente origina uma nova planta. A semente pode ser entendida como uma espécie de "fortaleza biológica", que abriga e protege o embrião contra desidratação, calor, frio e ação de certos parasitas. Além disso, as sementes armazenam reservas nutritivas, que alimentam o embrião e garantem o seu desenvolvimento até que as primeiras folhas sejam formadas. A partir daí, a nova planta fabrica seu próprio alimento pela fotossíntese.
As gimnospermas (do grego Gymnos: 'nu'; e sperma: 'semente') são plantas terrestres que vivem, preferencialmente, em ambientes de clima frio ou temperado. Nesse grupo incluem-se plantas como pinheiros, as sequóias e os ciprestes.
As gimnospermas possuem raízes, caule e folhas. Possuem também ramos reprodutivos com folhas modificadas chamadas estróbilos. Em muitas gimnospermas, como os pinheiros e as sequóias, os estróbilos são bem desenvolvidos e conhecidos como cones - o que lhes confere a classificação no grupo das coníferas.
Há produção de sementes: elas se originam nos estróbilos femininos. No entanto, as gimnospermas não produzem frutos. Suas sementes são "nuas", ou seja, não ficam encerradas em frutos.
Reprodução das gimnospermas
Vamos usar o pinheiro-do-paraná (Araucária angustifólia) como modelo para explicar a reprodução das gimnospermas. Nessa planta os sexos são separados: a que possui estróbilos masculinos não possuem estróbilos femininos e vice-versa. Em outras gimnospermas, os dois tipos de estróbilos podem ocorrer numa mesma planta. Cones ou estróbilos O estróbilo masculino produz pequenos esporos chamados grãos de pólen. O estróbilo feminino produz estruturas denominadas óvulos. No interior de um óvulo maduro surge um grande esporo. Quando um estróbilo masculino se abre e libera grande quantidade de grãos de pólen, esses grãos se espalham no ambiente e podem ser levados pelo vento até o estróbilo feminino. Então, um grão de pólen pode formar uma espécie de tubo, o tubo polínico, onde se origina o núcleo espermático, que é o gameta masculino. O tubo polínico cresce até alcançar o óvulo, no qual introduz o núcleo espermático. No interior do óvulo, o grande esporo que ele abriga se desenvolve e forma uma estrutura que guarda a oosfera, o gameta feminino. Uma vez no interior do óvulo, o núcleo espermático fecunda a oosfera, formando o zigoto. Este, por sua vez, se desenvolve, originando um embrião. À medida que o embrião se forma, o óvulo se transforma em semente, estrutura que contém e protege o embrião Nos pinheiros, as sementes são chamadas pinhões. Uma vez formados os pinhões, o cone feminino passa a ser chamado pinha. Se espalhadas na natureza por algum agente disseminador, as sementes podem germinar. Ao germinar, cada semente origina uma nova planta. A semente pode ser entendida como uma espécie de "fortaleza biológica", que abriga e protege o embrião contra desidratação, calor, frio e ação de certos parasitas. Além disso, as sementes armazenam reservas nutritivas, que alimentam o embrião e garantem o seu desenvolvimento até que as primeiras folhas sejam formadas. A partir daí, a nova planta fabrica seu próprio alimento pela fotossíntese.
Pteridófitas
Samambaias, avencas, xaxins e cavalinhas são alguns dos exemplos mais conhecidos de plantas do grupo das pteridófitas. A palavra pteridófita vem do grego pteridon, que significa 'feto'; mais phyton, 'planta'. Observe como as folhas em brotamento apresentam uma forma que lembra a posição de um feto humano no útero materno. Antes da invenção das esponjas de aço e de outros produtos, pteridófitas como a "cavalinha", cujo aspecto lembra a cauda de um cavalo e tem folhas muito ásperas, foram muito utilizadas como instrumento de limpeza. No Brasil, os brotos da samambaia-das-roças ou feto-águia, conhecido como alimento na forma de guisados.
Atualmente, a importância das pteridófitas para o interesse humano restringe-se, principalmente, ao seu valor ornamental. É comum casas e jardins serem embelezados com samambaias e avencas, entre outros exemplos.
Ao longo da história evolutiva da Terra, as pteridófitas foram os primeiros vegetais a apresentar um sistema de vasos condutores de nutrientes.
Isso possibilitou um transporte mais rápido de água pelo corpo vegetal e favoreceu o surgimento de plantas de porte elevado. Além disso, os vasos condutores representam uma das aquisições que contribuíram para a adaptação dessas plantas a ambientes terrestres
O corpo das pteridófitas possui raiz, caule e folha. O caule das atuais pteridófitas é em geral subterrâneo, com desenvolvimento horizontal. Mas, em algumas pteridófitas, como os xaxins, o caule é aéreo. Em geral, cada folha dessas plantas divide-se em muitas partes menores chamadas folíolos.
A maioria das pteridófitas é terrestre e, como as briófitas, vivem preferencialmente em locais úmidos e sombreados.
Reprodução das pteridófitas
Da mesma maneira que as briófitas, as pteridófitas se reproduzem num ciclo que apresenta uma fase sexuada e outra assexuada. Para descrever a reprodução nas pteridófitas, vamos tomar como exemplo uma samambaia comumente cultivada (Polypodium vulgare).
A samambaia é uma planta assexuada produtora de esporos. Por isso, ela representa a fase chamada esporófito
Em certas épocas, na superfície inferior das folhas das samambaias formam-se pontinhos escuros chamados soros. O surgimento dos soros indica que as samambaias estão em época de reprodução - em cada soro são produzidos inúmeros esporos.
Quando os esporos amadurecem, os soros se abrem. Então os esporos caem no solo úmido; cada esporo pode germinar e originar um protalo, aquela plantinha em forma de coração mostrada no esquema abaixo.
O protalo é uma planta sexuada, produtora de gametas; por isso, ele representa a fase chamada de gametófito. Ciclo reprodutivo das samambaias O protalo das samambaias contém estruturas onde se formam anterozoides e oosferas. No interior do protalo existe água em quantidade suficiente para que o anterozoide se desloque em meio líquido e "nade" em direção à oosfera, fecundado-a. Surge então o zigoto, que se desenvolve e forma o embrião.
O embrião, por sua vez, se desenvolve e forma uma nova samambaia, isto é, um novo esporófito. Quando adulta, as samambaias formam soros, iniciando novo ciclo de reprodução.
Samambaias, avencas, xaxins e cavalinhas são alguns dos exemplos mais conhecidos de plantas do grupo das pteridófitas. A palavra pteridófita vem do grego pteridon, que significa 'feto'; mais phyton, 'planta'. Observe como as folhas em brotamento apresentam uma forma que lembra a posição de um feto humano no útero materno. Antes da invenção das esponjas de aço e de outros produtos, pteridófitas como a "cavalinha", cujo aspecto lembra a cauda de um cavalo e tem folhas muito ásperas, foram muito utilizadas como instrumento de limpeza. No Brasil, os brotos da samambaia-das-roças ou feto-águia, conhecido como alimento na forma de guisados.
Atualmente, a importância das pteridófitas para o interesse humano restringe-se, principalmente, ao seu valor ornamental. É comum casas e jardins serem embelezados com samambaias e avencas, entre outros exemplos.
Ao longo da história evolutiva da Terra, as pteridófitas foram os primeiros vegetais a apresentar um sistema de vasos condutores de nutrientes.
Isso possibilitou um transporte mais rápido de água pelo corpo vegetal e favoreceu o surgimento de plantas de porte elevado. Além disso, os vasos condutores representam uma das aquisições que contribuíram para a adaptação dessas plantas a ambientes terrestres
O corpo das pteridófitas possui raiz, caule e folha. O caule das atuais pteridófitas é em geral subterrâneo, com desenvolvimento horizontal. Mas, em algumas pteridófitas, como os xaxins, o caule é aéreo. Em geral, cada folha dessas plantas divide-se em muitas partes menores chamadas folíolos.
A maioria das pteridófitas é terrestre e, como as briófitas, vivem preferencialmente em locais úmidos e sombreados.
Reprodução das pteridófitas
Da mesma maneira que as briófitas, as pteridófitas se reproduzem num ciclo que apresenta uma fase sexuada e outra assexuada. Para descrever a reprodução nas pteridófitas, vamos tomar como exemplo uma samambaia comumente cultivada (Polypodium vulgare).
A samambaia é uma planta assexuada produtora de esporos. Por isso, ela representa a fase chamada esporófito
Em certas épocas, na superfície inferior das folhas das samambaias formam-se pontinhos escuros chamados soros. O surgimento dos soros indica que as samambaias estão em época de reprodução - em cada soro são produzidos inúmeros esporos.
Quando os esporos amadurecem, os soros se abrem. Então os esporos caem no solo úmido; cada esporo pode germinar e originar um protalo, aquela plantinha em forma de coração mostrada no esquema abaixo.
O protalo é uma planta sexuada, produtora de gametas; por isso, ele representa a fase chamada de gametófito. Ciclo reprodutivo das samambaias O protalo das samambaias contém estruturas onde se formam anterozoides e oosferas. No interior do protalo existe água em quantidade suficiente para que o anterozoide se desloque em meio líquido e "nade" em direção à oosfera, fecundado-a. Surge então o zigoto, que se desenvolve e forma o embrião.
O embrião, por sua vez, se desenvolve e forma uma nova samambaia, isto é, um novo esporófito. Quando adulta, as samambaias formam soros, iniciando novo ciclo de reprodução.
Briófitas (do gergo bryon: 'musgo'; e phyton: 'planta') são plantas pequenas, geralmente com alguns poucos centímetros de altura, que vivem preferencialmente em locais úmidos e sombreados.
O corpo do musgo é formado basicamente de três partes ou estruturas:
rizoides - filamentos que fixam a planta no ambiente em que ela vive e absorvem a água e os sais minerais disponíveis nesse ambiente;
cauloide - pequena haste de onde partem os filoides;
filoides -estruturas clorofiladas e capazes de fazer fotossíntese.
Estrutura das briófitas
Essas estruturas são chamadas de rizoides, cauloides e filoides porque não têm a mesma organização de raízes, caules e folhas dos demais grupos de plantas (a partir das pteridófitas). Faltam-lhes, por exemplo, vasos condutores especializados no transporte de nutrientes, como a água. Na organização das raízes, caules e folhas verdadeiras verifica-se a presença de vasos condutores de nutrientes.
Devido a ausência de vasos condutores de nutrientes, a água absorvida do ambiente e é transportada nessas plantas de célula para célula, ao longo do corpo do vegetal. Esse tipo de transporte é relativamente lento e limita o desenvolvimento de plantas de grande porte. Assim, as briófitas são sempre pequenas, baixas.
Reprodução das briófitas
Os musgos verdes que vemos num solo úmido, por exemplo, são plantas sexuadas que representam a fase chamada gametófito, isto é, a fase produtora de gametas.
Nas briófitas, os gametófitos em geral têm sexos separados. Em certas épocas, os gametófitos produzem uma pequena estrutura, geralmente na região apical - onde terminam os filoides. Ali os gametas são produzidos. Os gametófitos masculinos produzem gametas móveis, com flagelos: os anterozoides. Já os gametófitos femininos produzem gametas imóveis, chamados oosferas. Uma vez produzidos na planta masculina, os anterozoides podem ser levados até uma planta feminina com pingos de água da chuva que caem e respingam.
Na planta feminina, os anterozoides nadam em direção à oosfera; da união entre um anterozoide e uma oosfera surge o zigoto, que se desenvolve e forma um embrião sobre a planta feminina. Em seguida, o embrião se desenvolve e origina uma fase assexuada chamada esporófito, isto é, a fase produtora de esporos.
No esporófito possui uma haste e uma cápsula. No interior da cápsula formam-se os esporos. Quando maduros, os esporos são liberados e podem germinar no solo úmido. Cada esporo, então, pode se desenvolver e originar um novo musgo verde - a fase sexuada chamada gametófito.
As briófitas dependem da água para a reprodução, pois os anterozoides precisam dela para se deslocar e alcançar a oosfera. O musgo verde, clorofilado, constitui a fase denominada gametófito, considerada duradoura porque o musgo se mantém vivo após a produção de gametas. Já a fase denominada esporófito não tem clorofila; ela é nutrida pela planta feminina sobre a qual cresce. O esporófito é considerado uma fase passageira porque morre logo após produzir esporos.
O corpo do musgo é formado basicamente de três partes ou estruturas:
rizoides - filamentos que fixam a planta no ambiente em que ela vive e absorvem a água e os sais minerais disponíveis nesse ambiente;
cauloide - pequena haste de onde partem os filoides;
filoides -estruturas clorofiladas e capazes de fazer fotossíntese.
Estrutura das briófitas
Essas estruturas são chamadas de rizoides, cauloides e filoides porque não têm a mesma organização de raízes, caules e folhas dos demais grupos de plantas (a partir das pteridófitas). Faltam-lhes, por exemplo, vasos condutores especializados no transporte de nutrientes, como a água. Na organização das raízes, caules e folhas verdadeiras verifica-se a presença de vasos condutores de nutrientes.
Devido a ausência de vasos condutores de nutrientes, a água absorvida do ambiente e é transportada nessas plantas de célula para célula, ao longo do corpo do vegetal. Esse tipo de transporte é relativamente lento e limita o desenvolvimento de plantas de grande porte. Assim, as briófitas são sempre pequenas, baixas.
Reprodução das briófitas
Os musgos verdes que vemos num solo úmido, por exemplo, são plantas sexuadas que representam a fase chamada gametófito, isto é, a fase produtora de gametas.
Nas briófitas, os gametófitos em geral têm sexos separados. Em certas épocas, os gametófitos produzem uma pequena estrutura, geralmente na região apical - onde terminam os filoides. Ali os gametas são produzidos. Os gametófitos masculinos produzem gametas móveis, com flagelos: os anterozoides. Já os gametófitos femininos produzem gametas imóveis, chamados oosferas. Uma vez produzidos na planta masculina, os anterozoides podem ser levados até uma planta feminina com pingos de água da chuva que caem e respingam.
Na planta feminina, os anterozoides nadam em direção à oosfera; da união entre um anterozoide e uma oosfera surge o zigoto, que se desenvolve e forma um embrião sobre a planta feminina. Em seguida, o embrião se desenvolve e origina uma fase assexuada chamada esporófito, isto é, a fase produtora de esporos.
No esporófito possui uma haste e uma cápsula. No interior da cápsula formam-se os esporos. Quando maduros, os esporos são liberados e podem germinar no solo úmido. Cada esporo, então, pode se desenvolver e originar um novo musgo verde - a fase sexuada chamada gametófito.
As briófitas dependem da água para a reprodução, pois os anterozoides precisam dela para se deslocar e alcançar a oosfera. O musgo verde, clorofilado, constitui a fase denominada gametófito, considerada duradoura porque o musgo se mantém vivo após a produção de gametas. Já a fase denominada esporófito não tem clorofila; ela é nutrida pela planta feminina sobre a qual cresce. O esporófito é considerado uma fase passageira porque morre logo após produzir esporos.
Mamíferos
Os mamíferos constituem uma classe (classe Mammalia) bastante diversificada que inclui seres com as mais diversas características e hábitos de vida. São animais que vivem em praticamente todos os ambientes, não existindo nenhuma espécie parasita. Algumas características são exclusivas dessa classe, tais como a presença de pelos, glândulas mamárias, diafragma e dentes diferenciados.
Os pelos dos mamíferos, que podem cobrir totalmente ou somente parte do corpo, são extremamente importantes para manter a temperatura corporal, uma vez que esses animais são homeotérmicos, e a falta de um isolante térmico não permitiria a conservação da temperatura. Além disso, a presença de glândulas sudoríparas em alguns representantes auxilia nessa função, pois, quando a temperatura está muito elevada, elas eliminam o suor, o que ajuda a refrescar o corpo. Os mamíferos apresentam também glândulas mamárias que são responsáveis por produzir leite, que serve de alimento para seus filhotes. Essa é uma das características mais marcantes e a responsável pelo nome dado a essa classe.
Os dentes desses animais são diferenciados e cada um é responsável por uma determinada função. O animal possui dentes diferentes de acordo com sua alimentação. Os herbívoros, por exemplo, geralmente não apresentam caninos. O sistema digestório dos mamíferos é completo, sendo que, nos ornitorrincos e na equidna, ele inicia-se no bico e termina na cloaca, diferentemente das outras espécies, em que inicia na boca e termina no ânus.
Outra característica importante dos mamíferos é a presença de um músculo que divide o tórax e abdome chamado de diafragma. Os movimentos de elevação e abaixamento desse músculo são essenciais para a ventilação dos pulmões. A respiração de todos os representantes é pulmonar, incluindo baleias e golfinhos. Costuma-se dividir essa classe em duas subclasses: Prototheria e Theria. A subclasse Theria é dividida em duas infraclasses: Metatheria (marsupiais) e Eutheria (placentários). Existe ainda a classe Allotheria, entretanto, todos os seus representantes estão extintos.
Os representantes da subclasse Prototheria (monotremados) caracterizam-se por botar ovos, ocorrência comum em répteis. Outra característica desses animais são as mamas sem mamilo. O ornitorrinco e as equidnas, animais restritos à Austrália e Nova Guiné, são exemplos de monotremados.
Os marsupiais (Metatheria) são animais que apresentam uma característica extremamente interessante que diz respeito ao desenvolvimento embrionário. Os filhotes desses mamíferos não nascem completamente formados, terminando seu desenvolvimento dentro de uma bolsa denominada marsúpio. Os cangurus e gambás fazem parte dessa infraclasse.
Os placentários (Eutheria) representam a grande maioria dos mamíferos. Entre os representantes, podemos citar o homem, cachorro, elefante, coelho, girafa, baleia, entre outros. Sua principal característica é o fato de que o desenvolvimento embrionário ocorre dentro do útero da mãe, sendo que a alimentação e as trocas gasosas ocorrem através da placenta. Diferentemente dos marsupiais, eles já nascem completamente formados.
Os mamíferos constituem uma classe (classe Mammalia) bastante diversificada que inclui seres com as mais diversas características e hábitos de vida. São animais que vivem em praticamente todos os ambientes, não existindo nenhuma espécie parasita. Algumas características são exclusivas dessa classe, tais como a presença de pelos, glândulas mamárias, diafragma e dentes diferenciados.
Os pelos dos mamíferos, que podem cobrir totalmente ou somente parte do corpo, são extremamente importantes para manter a temperatura corporal, uma vez que esses animais são homeotérmicos, e a falta de um isolante térmico não permitiria a conservação da temperatura. Além disso, a presença de glândulas sudoríparas em alguns representantes auxilia nessa função, pois, quando a temperatura está muito elevada, elas eliminam o suor, o que ajuda a refrescar o corpo. Os mamíferos apresentam também glândulas mamárias que são responsáveis por produzir leite, que serve de alimento para seus filhotes. Essa é uma das características mais marcantes e a responsável pelo nome dado a essa classe.
Os dentes desses animais são diferenciados e cada um é responsável por uma determinada função. O animal possui dentes diferentes de acordo com sua alimentação. Os herbívoros, por exemplo, geralmente não apresentam caninos. O sistema digestório dos mamíferos é completo, sendo que, nos ornitorrincos e na equidna, ele inicia-se no bico e termina na cloaca, diferentemente das outras espécies, em que inicia na boca e termina no ânus.
Outra característica importante dos mamíferos é a presença de um músculo que divide o tórax e abdome chamado de diafragma. Os movimentos de elevação e abaixamento desse músculo são essenciais para a ventilação dos pulmões. A respiração de todos os representantes é pulmonar, incluindo baleias e golfinhos. Costuma-se dividir essa classe em duas subclasses: Prototheria e Theria. A subclasse Theria é dividida em duas infraclasses: Metatheria (marsupiais) e Eutheria (placentários). Existe ainda a classe Allotheria, entretanto, todos os seus representantes estão extintos.
Os representantes da subclasse Prototheria (monotremados) caracterizam-se por botar ovos, ocorrência comum em répteis. Outra característica desses animais são as mamas sem mamilo. O ornitorrinco e as equidnas, animais restritos à Austrália e Nova Guiné, são exemplos de monotremados.
Os marsupiais (Metatheria) são animais que apresentam uma característica extremamente interessante que diz respeito ao desenvolvimento embrionário. Os filhotes desses mamíferos não nascem completamente formados, terminando seu desenvolvimento dentro de uma bolsa denominada marsúpio. Os cangurus e gambás fazem parte dessa infraclasse.
Os placentários (Eutheria) representam a grande maioria dos mamíferos. Entre os representantes, podemos citar o homem, cachorro, elefante, coelho, girafa, baleia, entre outros. Sua principal característica é o fato de que o desenvolvimento embrionário ocorre dentro do útero da mãe, sendo que a alimentação e as trocas gasosas ocorrem através da placenta. Diferentemente dos marsupiais, eles já nascem completamente formados.
terça-feira, 20 de setembro de 2016
Os anfíbios
Os Anfíbios
A palavra anfíbio vem do grego amphi bio, e siginifica duas vidas, ou vida dupla. Daí vem o nome desse grupo de animais, que são capazes de viver no ambiente terrestre na fase adulta, mas que dependem da água para a reprodução. Os anfíbios fazem parte do grupo dos vertebrados, representando a transição das formas de vida exclusivamente aquáticas (peixes) para as capazes de viver na terra (répteis). São caracterizados por sua pele úmida, com glândulas, pela ausência de pelo ou penas e, uma de suas características mais conhecidas, o sangue frio. Assim como os répteis, eles adaptam a temperatura corporal à temperatura do ambiente, tanto na água quanto na terra, e por isso, são muito sensíveis a mudanças climáticas e ambientais.
Origem e Evolução
Há 400 milhões de anos, todos os ambientes aquáticos eram ocupados por peixes. Evidências paleontológicas sugerem que nesse período, o clima teria provocado o ressecamento de lagoas e cursos de agua e, dessa forma, os peixes que pudessem se apoiar em nadadeiras carnosas e obter oxigênio por meio do ar poderiam rastejar a procura de outros corpos de agua. Além disso, o meio aquático era cheio de predadores, enquanto que no terrestre, onde as plantas já haviam iniciado sua dispersão, havia algumas espécies de invertebrados. A combinação entre abundância de alimentos e escassez de predadores teria feito do meio terrestre o local ideal para a sobrevivência de novas espécies. Os anfíbios atuais são descendentes dos primeiros vertebrados a iniciarem a saída das águas, provavelmente com um menor número de adaptações morfológicas do que os outros tetrápodes (sendo estes os répteis, as aves e os mamíferos), e um compensatório, porém diferente, número (e formas) de adaptações fisiológicas.
Cobertura Corporal
Sua pele é formada por dois tecidos: a epiderme e a derme. A derme, formada de tecido conjuntivo é frouxamente ligada à musculatura, podendo apresentar cromatóforos (células pigmentares), que são responsáveis pela coloração. A superfície da epiderme secreta queratina, a fim de protegê-los da desidratação, já as células mais internas originam glândulas mucosas, cuja secreção ajuda a manter a pele úmida, e glândulas serosas, que secretam toxinas. Todo o anfíbio produz substâncias tóxicas. Existem espécies mais e menos tóxicas e os acidentes com humanos somente acontecerão se essas substâncias entrarem em contato com as mucosas ou sangue.
A pele fina, rica em vasos sanguíneos e glândulas, através da respiração, permite-lhes, a absorção de água, que funciona como defesa orgânica. Quando estão com "sede", encostam a região ventral de seu corpo na água e a absorvem pela pele.
Esqueleto
O esqueleto dos anfíbios, como o de outros vertebrados, fornece apoio aos músculos e protege o sistema nervoso e as vísceras. A organização do esqueleto varia de acordo com cada espécie e suas necessidades especificas. O crânio é leve, com perfil achatado e com grandes orifícios nas orbitas e narinas. Suas maxilas podem suportar pequenos dentes.
Respiração e Circulação
No estágio larval, de vida aquática, os anfíbios respiram por brânquias, como os peixes. Quando adultos, vivem em ambiente terrestre e realizam a respiração pulmonar. Como os seus pulmões são simples e têm pouca superfície de contato para as trocas gasosas, a respiração pulmonar é pouco eficiente, sendo mais importante a respiração cutânea, ou seja, processo de trocas gasosas com o meio ambiente através da pele.A pele deve, necessariamente, estar úmida, pois os gases não se difundem em superfícies secas. As paredes finas das células superficiais da pele permitem a passagem do oxigênio para o sangue. A pele dos anfíbios é bem vascularizada, isto é, com muitos vasos sanguíneos.
Quanto à circulação, os anfíbios têm circulação fechada (o sangue circula dentro dos vasos). Como ocorre mistura de sangue venoso (rico em gás carbônico) e arterial (rico em oxigênio), a circulação neste grupo de animais é incompleta. Além disso, sua circulação é dupla, já que o sangue circula por dois circuitos, o pulmonar e o sistêmico.
-Na circulação pulmonar, o sangue pobre em oxigênio, que vem do corpo e entra no átrio direito do coração, passa ao ventrículo e depois aos pulmões, onde é oxigenado e depois volta ao coração pelo átrio esquerdo, passando então para o ventrículo.
-Na circulação sistêmica, o sangue oxigenado é impulsionado aos órgãos do corpo e, depois de ceder parte do oxigênio para as células, retorna ao coração. Uma estrutura presente no ventrículo impede que esse sangue se misture daquele vindo dos pulmões.
Nutrição, digestão e excreção
As formas larvais geralmente são herbívoras, já na fase adulta, que ocorre no ambiente terrestre, os anfíbios são carnívoros. Alimentam-se de minhocas, insetos, aranhas, e de outros vertebrados. Os dentes, por serem poucos desenvolvidos, não servem para mastigar ou triturar, mas para impedir que os alimentos escapem da boca.
A língua, que é fixada à parte anterior da boca, possui glândulas que secretam substâncias viscosas. Quando esticada para fora da boca, a língua desses animais alcança uma grande distância, sendo assim que os anfíbios capturam suas presas, que ficam aderidas à língua.
Possuem estômago bem desenvolvido, intestino que termina em uma cloaca, glândulas como fígado e pâncreas. Seu sistema digestório produz substâncias capazes de digerir a "casca" de insetos.
Os anfíbios fazem a sua excreção através dos rins, e sua urina é abundante e bem diluída, isto é, há bastante água na urina, em relação às outras substâncias que a formam.
Sistema nervoso e sensorial
Os anfíbios possuem encéfalo e medula espinhal dos quais partem, respectivamente, nervos para a cabeça e para o restante do corpo. As formas larvais das espécies aquáticas possuem linha lateral semelhante à dos peixes.
Sua visão é sensível a movimentos e as glândulas lacrimais e pálpebras móveis ajudam a manter a superfície dos olhos limpa e protegida, o que é uma importante adaptação à vida terrestre. O tato, o olfato e o paladar são bem desenvolvidos. A audição também é muito importante, visto que as vocalizações dos machos atraem as fêmeas.
Reprodução
Os anfíbios apresentam 39 modos reprodutivos distintos, com alguns mais comuns do que outros, sendo superados em diversidade de modos reprodutivos apenas pelos peixes.
Todas as espécies de anfíbios possuem sexos separados, e, na maioria delas, a fecundação é externa. Também é muito comum a fase larval, que passa por metamorfose, em muitas espécies. Outras espécies são totalmente terrestre e, nelas, a fecundação é interna e sem metamorfose.
O lugar para a reprodução dos anfíbios varia entre as espécies. Pode ser uma poça transitória formada após uma chuva, um rio, lago ou um açude. Há também os que procriam na terra, desde que seja bem úmida.
O acasalamento da maioria dos anfíbios acontece na água. O coaxar do sapo macho faz parte do ritual "pré-nupcial". A fêmea, no seu período fértil, é atraída pelo parceiro sexual por meio do seu canto e do seu coaxar.
Classificação
Atualmente, os representantes dos anfíbios estão divididos em três ordens: a dos anuros, a dos caudados e a dos apodes.
Ordem dos anuros
A ordem dos anuros é composta por sapos, rãs e pererecas, sendo o grupo com mais espécies no Brasil e no mundo. Algumas espécies produzem venenos potentes. Os sapos, principalmente da família Bufonidae, são os maiores animais anuros, com o tronco mais forte e pele mais seca e rugosa.
São abundantes em regiões tropicais e temperadas do mundo, sendo mais frequentes em lagos e riachos. Muitas espécies passam longos períodos longe da água, mas retornam a ela para realizar a reprodução. Em varias espécies, o macho da um abraço nupcial na fêmea, que solta na agua ovos envoltos numa capa gelatinosa, sobre os quais o macho deposita os espermatozoides. Alguns dias após a fecundação, o ovo libera um girino, que mais tarde cresce e sofre metamorfose, num processo que pode durar até três anos.
Ordem dos caudados ou urodelos
Essa ordem reúne as espécies de salamandras e tritões, que em sua maioria é carnívora, que estão distribuídos nas regiões temperadas no hemisfério Norte e nas zonas tropicais da América Latina. Seus hábitos são essencialmente noturnos. Diferente dos anuros e das cobras-cegas, as salamandras possuem cauda e patas, são pequenas e se movem bem devagar. Sua pele é lisa, úmida e pegajosa, como a pele das rãs, mas seu corpo é mais alongado, e por isso não têm a habilidade de saltar. Geralmente medem menos de 15 cm de comprimento e secretam um veneno que as protege de predadores. Esse veneno é produzido por glândulas localizadas na parte de traz da cabeça e é muito forte.
Esses animais são muito confundidos com os lagartos, mas podem ser diferenciados pela ausência de escamas. Além disso, o corpo das salamandras e dos tritões possui glândulas visíveis ao longo do corpo. A ordem Urodela possui espécies aquáticas, semi-aquáticas ou terrestres, mas sua vida inicia obrigatoriamente na água, e por isso, são da classe dos anfíbios.
A reprodução ocorre geralmente por fecundação interna. Após a fecundação, as fêmeas depositam ovos dentro da agua, que, ao eclodir, liberam larvas branquiadas e com cauda em forma de nadadeira. Mais tarde, essas larvas sofrem metamorfose.
Ordem dos ápodes
A ordem dos ápodes é composta pelas cecílias e cobras-cegas. Embora tenha uma aparência física muito parecida com a aparência das cobras, as cobras-cegas não são répteis. Seu corpo tem a aparência de uma grande minhoca, sua pele é lisa e com pequenas marcas, formando anéis. Alimentam-se de invertebrados do solo, como vermes e minhocas.
Esses anfíbios não possuem patas, e seus olhos não são desenvolvidos, por isso não podem ver. Seus corpos são longos e delgados e eles são adaptados à vida na água, em túneis ou no solo A falta de visão é compensada por pequenos tentáculos, que os ajudam a “enxergar” pelo tato. Nesses animais, a fecundação é interna e os machos possuem um órgão próprio para a cópula, o falodeu. As espécies dessa ordem podem ser ovíparas, ou vivíparas.
Referências
http://aprovadonovestibular.com/anfibios-animais-caracteristicas-fotos-tipos-e-exemplos.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anf%C3%ADbios
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos3/bioanfibios.php
QUINZE CURIOSIDADES SOBRE AS AVES
1. Em todo o mundo existem mais de 8.500 espécies de aves.
2. O passarinho consegue quebrar a casca do ovo quando nasce porque ele vem com um dente especial próprio para quebrar a casca. O filhote leva dois dias para quebrar a casca, depois disso ele perde este dente.
3. O Condor é a maior ave de rapina do mundo. Suas asas podem medir três metros de uma ponta a outra.
4. Um avestruz tem o mesmo tamanho de um camelo – 1,80 a 2,50 metros de altura.
5. O Avestruz pode viver até 50 anos enquanto a Arara pode até os 60 anos.
6. Entre as curiosidades sobre aves, você sabia, por exemplo, que o vocabulário dos papagaios não passa de 20 palavras.
7. As Corujas e os Mochos podem enxergar no escuro quase como se fosse de dia. Seus olhos grandes são adaptados à escuridão da noite.
8. Algumas espécies de Beija-Flores podem voar até 150km/h.
9. Os ovos da galinha são os mais consumidos porque é uma das espécies mais produtivas. Uma galinha é capaz de produzir 300 ovos por ano.
10. Podemos elencar como a última curiosidade sobre as aves que os ossos das aves são ocos e extremamente leves, possibilitando que seus voos sejam feitos livremente.
11.O comprimento e a simetria da cauda de uma andorinha macho indicam o quanto saudável ela é.
Os machos de caudas longas tem mais chances de sobreviver aos longos voos, no inverno.
12.Os passarinhos canoros tem um repertório de até 7 músicas.
Aves da mesma área cantam músicas semelhantes, aprendendo com os vizinhos e com os pais.
13.Os gaios do cerrado tem famílias numerosas, e os filhotes não vão embora - ficam e ajudam a criar e alimentar a nova ninhada.
14.O pitohui,um pássaro da Nova Guiné , é um dos pucos pássaros que possui defesa química.
Sua pele, penas e músculos contém um veneno chamado homobatraquiotoxina, também encontrado em sapos da América do Sul (só que em maior quantidade).
Não se sabeao certo como esses pássaros e sapos produzem a mesma toxina, mas provavelmente a resposta esteja na sua alimentação.
Os habitantes da Nova Guiné não comem o pitohui por causa do seu gosto e cheiro repulsivo e porque sua carne anestesia a boca.
15. Como técnica de defesa algumas aves do Ártico (esta do lado é da ilhas Shetland) cospem e deixam um odor repulsivo.
Se chegar perto de um ninho dessas aves pode levar uma boa cuspida e ficar catingando por semanas
Veja hierarquia dos táxons de aves brasileiras
Hierarquia dos táxons pertencentes à classe 'Aves' de todas as aves do Brasil. Esta lista é baseada na Lista de Aves do Brasil de Janeiro de 2014 do CBRO (Comitê Brasileiro de Registro Ornitológico), que conta com 1901 espécies.
Veja ---> http://www.wikiaves.com.br/aves
Aves
As aves conquistaram o meio terrestre de modo muito mais eficiente que os répteis. A principal característica que permitiu essa conquista foi, sem dúvida, a homeotermia, a capacidade de manter a temperatura corporal relativamente constante à custa de uma alta taxa metabólica gerada pela intensa combustão de alimento energético nas células.
Essa característica permitiu às aves, juntamente com os mamíferos, a invasão de qualquer ambiente terrestre, inclusive os permanentemente gelados, até então não ocupados pelos outros vertebrados.
As aves variam muito em seu tamanho, dos minúsculos beija-flores a espécies de grande porte como o avestruz e a ema. Note que todos os pássaros são aves, mas nem todas as aves são pássaros.
Os pássaros estão incluidos na ordem Passeriformes, constituindo a ordem mais rica, ou seja, com maior número de espécies dentro do grupo das aves.
Enquanto a maioria das aves são caracterizadas pelo vôo, as ratitas não podem voar ou apresentam vôo limitado, uma característica considerada secundária, ou seja, adquirida por espécies "novas" a partir de ancestrais que conseguiam voar.
Muitas outras espécies, particularmente as insulares, também perderam essa habilidade. As espécies não-voadoras incluem o pinguim, avestruz, quivi, e o extinto dodo. Aves não-voadoras são especialmente vulneráveis à extinção por conta da ação antrópica direta (destruição e fragmentação do habitat, poluição etc.) ou indireta (introdução de animais/plantas exóticos, mamíferos em particular).
Uma característica que favorece a homeotermia nas aves é a existência de um coração totalmente dividido em quatro cavidades: dois átrios e dois ventrículos.
Não ocorre mistura de sangues. A metade direita (átrio e ventrículo direitos) trabalha exclusivamente com sangue pobre em oxigênio, encaminhando-o aos pulmões para oxigenação. A metade esquerda trabalha apenas com sangue rico em oxigênio. O ventrículo esquerdo, de parede musculosa, bombeia o sangue para a artéria aorta. Assim, a todo o momento, os tecidos recebem sangue ricamente oxigenado, o que garante a manutenção constante de altas taxas metabólicas. Esse fato, associado aos mecanismos de regulação térmica, favorece a sobrevivência em qualquer tipo de ambiente. A circulação é dupla e completa.
O sistema respiratório também contribui para a manutenção da homeotermia. Embora os pulmões sejam pequenos, existem sacos aéreos, ramificações pulmonares membranosas que penetram por entre algumas vísceras e mesmo no interior de cavidades de ossos longos.
A movimentação constante de ar dos pulmões para os sacos aéreos e destes para os pulmões permite um suprimento renovado de oxigênio para os tecidos, o que contribui para a manutenção de elevadas taxas metabólicas.
A pele das aves é seca, não-dotada de glândulas e rica em queratina que, em alguns locais do corpo, se organiza na forma de placa, garras, bico córneo e é constituinte fundamental das pernas.
As aves não têm glândulas na pele. No entanto, há uma exceção: a glândula uropigial (ou uropigiana), localizada na porção dorsal da cauda e cuja secreção oleosa lubrificante é espalhada pela ave, com o bico, nas penas. Essa adaptação impede o encharcamento das penas em aves aquáticas e ajuda a entender por que as aves não se molham, mesmo que fiquem desprotegidas durante uma chuva.
Exclusividade das aves: corpo coberto por penas
Digestão e excreção em aves
As aves consomem os mais variados tipos de alimentos: frutos, néctar, sementes, insetos, vermes, crustáceos, moluscos, peixes e outros pequenos vertebrados. Elas possuem um sistema digestivo completo, composto de boca, faringe, esôfago, papo, proventrículo, moela, intestino, cloaca e órgãos anexos (fígado e pâncreas).
Ao serem engolidos os alimentos passam pela faringe, pelo esôfago e vão para o papo, cuja função é armazenar e amolecer os alimentos. Daí eles vão para o proventrículo, que é o estômago químico das aves, onde sofrem a ação de sucos digestivos e começam a ser digeridos. Passam então para a moela (estômago mecânico) que tem paredes grossas e musculosas, onde os alimentos são triturados.
Finalmente atingem o intestino, onde as substâncias nutritivas são absorvidas pelo organismo. Os restos não aproveitados transformam-se em fezes.
As aves possuem uma bolsa única, a cloaca, onde desembocam as partes finais do sistema digestivo, urinário e reprodutor e que se abre para o exterior. Por essa bolsa eles eliminam as fezes e a urina e também põem os ovos.
Répteis: Características gerais
Há milhões de anos, mais precisamente desde a era Paleozoica, os répteis habitam nosso planeta. Se antes eram bem maiores e mais predadores, hoje os répteis são menores e mais evoluídos que seus antecessores, alguns dinossauros. Tartarugas, jabutis, cobras, crocodilos, jacarés e lagartos fazem parte da classe reptilia, palavra que vem do grego reptum e significa rastejar.
Os répteis são animais vertebrados que possuem o corpo com escamas. Outra característica típica desses seres vivos é o fato de sua temperatura corporal variar conforme a temperatura do ambiente em que estão. Assim, quando está frio, o corpo apresenta uma temperatura baixa e, ao esquentar, ele também se aquece.
Répteis costumam ser encontrados em ambientes terrestres. Alguns também podem ser vistos nos troncos ou copas de árvores, dentro da água, ou mesmo caminhando em nossas paredes, como é o caso das lagartixas. Geralmente eles põem ovos com casca.
Muitos répteis rastejam ao andar, mesmo aqueles que possuem quatro patas. Todos possuem cauda e alguns também apresentam uma carapaça. Isso dependerá, basicamente, do grupo ao qual pertencem.
São eles:
- Tartarugas, cágados, jabutis e tracajás: esses animais, também chamados de quelônios, possuem uma carapaça em volta de seu corpo. Além disso, possuem cauda e quatro patas. Podem ser encontrados em ambientes terrestres ou aquáticos, de água doce ou salgada.
- Jacarés, crocodilos e gaviais: também chamados de crocodilianos, esses animais possuem corpo grande, com quatro patas e cauda. Podem ser encontrados em ambiente terrestre ou aquático.
- Lagartos, lagartixas, calangos, teiús, iguanas e camaleões: geralmente possuem quatro patas com unhas, além de cauda. Alguns são capazes de soltar um pedaço desta quando se sentem ameaçados. A esse fenômeno damos um nome um pouco estranho: autotomia caudal. Esses animais são mais encontrados em ambientes terrestres, algumas vezes escalando plantas, muros e paredes, ou mesmo embaixo de troncos.
- Tuataras: esses animais são encontrados somente na Nova Zelândia. São muito parecidos com os lagartos, mas apresentam um "terceiro olho" no alto da cabeça, coberto por uma membrana.
- Cobras-de-duas-cabeças: também chamadas de anfisbenas, são diferentes das serpentes porque apresentam a cauda curta e arredondada. Costumam viver enterradas no solo, ou embaixo de troncos ou matéria orgânica em geral.
- Serpentes: animais de corpo longo, cilíndrico, com cauda comprida. São típicos de ambiente terrestre, podendo ser encontrados também em buracos, embaixo de troncos de árvores e, em alguns casos, em ambiente aquático.
Algumas poucas serpentes são capazes de provocar acidentes, uma vez que, quando se sentem ameaçadas, são capazes de morder a pessoa, liberando veneno em seu sangue. Dessa forma, é importante respeitar o animal, evitando tocá-lo ou mesmo ocupar seu território.
As serpentes venenosas do Brasil, de uma forma geral, possuem uma estrutura chamada fosseta loreal, que fica entre a narina e o olho (veja na foto). A única espécie que não tem fosseta é a cobra-coral.
quinta-feira, 1 de setembro de 2016
Reprodução dos peixes
A maioria dos peixes ósseos apresenta fecundação externa: a fêmea e o macho liberam seus gametas na água. Após a fecundação do óvulo por um espermatozóide, forma-se o zigoto. Em muitas espécies de peixes ósseos, o desenvolvimento é indireto, com larvas chamadas alevinos.
Nos peixes cartilaginosos, a fecundação é geralmente interna: o macho introduz seus espermatozóides no corpo da fêmea, onde os óvulos são fecundados. O desenvolvimento é direto: os ovos dão origem a filhotes que já nascem com o aspecto geral de um adulto, apenas menores.
Classificação
Existem duas classes de peixes: a classe dos condrictes (do grego khondros: 'cartilagem'; e ichthyes: 'peixe'), ou peixes cartilaginosos, e a classe dos osteíctes (do grego osteon: 'osso'), ou peixes ósseos.
Os peixes ósseos são os mais abundantes em número de espécies conhecidas, representando cerca de 95% do total dessas espécies. Existem várias diferenças entre os peixes cartilaginosos e os ósseos.
Os peixes cartilaginosos, como o tubarão e a raia, vivem principalmente em água salgada. Mas algumas espécies de raia vivem em água doce.
Entre as características dos peixes cartilaginosos, podemos considerar:
esqueleto cartilaginoso e relativamente leve;
presença de cinco pares de fendas branquiais e um orifício chamado espiráculo, por onde entra a água e banha as brânquias;
boca localizada ventralmente e intestino terminando em uma espécie de bolsa chamada cloaca - nela, convergem os dutos finais do sistema digestório, urinário e genital.
Tanto os peixes cartilaginosos quanto os peixes ósseos diversificaram-se muito entre 300 e 400 milhões de anos atrás, passando a dominar o ambiente aquático. Mas, enquanto os peixes cartilaginosos surgiram nos mares, os peixes ósseos, ao que tudo indica, surgiram em ambientes de água doce e só posteriormente invadiram os mares. Outra conclusão a que chegaram os cientistas é que o esqueleto cartilaginoso dos condrictes foi uma característica que apareceu secundariamente, pois seus ancestrais tinham esqueleto ósseo.
Há cerca de 500 milhões de anos surgiram os primeiros vertebrados: os ostracodermos. À semelhança dos ágnatos (lampreias), esses pequenos peixes eram desprovidos de mandíbulas, vivendo no fundo do mar, de onde obtinham alimento por filtração dos sedimentos. Tais peixes foram suplantados pelo aparecimento dos placodermos, dotados de uma importante novidade evolutiva: a presença de mandíbulas móveis. Juntamente com a presença de dentes afiados, as mandíbulas permitiram a conquista de um novo tipo de comportamento para obter alimento: a predação de outros animais.
A passagem de uma alimentação por filtração para uma alimentação por predação abriu caminho para o surgimento de mecanismos mais complexos de ataque e fuga. Os órgãos dos sentidos tornavam-se mais complexos e passavam a orientar movimentos mais eficientes, produzidos por nadadeiras pares. Surgiam, assim, animais maiores e mais complexos, que deram origem aos peixes atuais.
Os condrictes surgiram no mar. Os osteíctes originaram-se de peixes de água doce dotados de bolsas de gás que serviam de pulmões primitivos. Essas bolsas complementavam a respiração branquial e permitiam resistir às estações secas. O grupo que permaneceu com esse pulmão originou os atuais peixes pulmonados. Um segundo grupo migrou para o mar e a bolsa de gás evoluiu para a bexiga natatória, originando os osteíctes marinhos. Posteriormente, alguns osteíctes marinhos voltaram à água doce, originando os atuais peixes dulcícolas, também dotados de bexiga natatória.
sexta-feira, 15 de julho de 2016
Parasitoses causadas por Nematódeos
Ancilóstomos, lombrigas, oxiúros e filárias são alguns exemplos de nematelmintos que parasitam os seres huma nos.
Oxiuriase:
É uma inflamação causada pelo verme Oxyurus vermicularis (ou Enterobius vermicularis) que se aloja no intestino grosso. Entenda-se por inflamação um processo de reação a um agente irritante que atinge um ser vivo. Caracteriza-se por edema (inchaço), hiperemia (vermelhidão), hiperestesia (aumento da sensibilidade dolorosa) e aumento da temperatura local eventualmente se acompanha de diminuição funcional e na dependência do local atingido pode passar sem que se perceba o processo.
Esta verminose é adquirida pela chegada dos ovos deste parasita ao aparelho digestivo através de mecanismos como: a - deglutição - junto com alimentos, poeira de casa, objetos, animais, roupas contaminados com ovos dos oxiúros. Auto-infestação, no ato de coçar o ânus os ovos podem aderir aos dedos e então levados à boca. Após a deglutição dos ovos, no intestino as larvas se transformam em adultos, as fêmeas guardam os ovos fecundados e os machos morrem. As fêmeas migram para o cólon e reto, de noite elas Saem pelo esfíncter anal e depositam ovos na região anal e perianal.
Exceto pelo prurido (coceira) anal e por ocasionais episódios de diarréia a maioria das pessoas não sente nada. Infestações intensas podem causar vômitos, diarréia freqüente inclusive com excesso de gordura nas fezes, prurido anal constante, insônia. Irritabilidade, perda de peso.
O diagnóstico pode ser evidenciado pela visualização dos vermes nas fezes (raro), em pesquisa de ovos no exame parasitológico de fezes e mais comumente pela pesquisa de ovos na região perianal e anal através de raspado anal (swab) ou fita adesiva. Prevenção
A higiene de um modo sistemático, mãos, alimentos, animais, roupas, roupas de cama, brinquedos é eficaz na prevenção. O uso de água sanitária (diluição de 1/3) serve para maior eficácia na limpeza de objetos que não sejam atacados pelo cloro.
Filaríase: elefantíase
A filariose ou elefantiase é a doença causada pelos parasitas nemátodes Wuchereria bancrofti, Brugia malayi e Brugia timori, comumente chamados filária, que se alojam nos vasos linfáticos causando linfedema. Esta doença é também conhecida como elefantíase, devido ao aspecto de perna de elefante do paciente com esta doença. Tem como transmissor os mosquitos dos gêneros Culex, Anopheles, Mansonia ou Aedes, presentes nas regiões tropicais e subtropicais. Quando o nematódeo obstrui o vaso linfático, o edema é irreversível, daí a importância da prevenção com mosquiteiros e repelentes, além de evitar o acúmulo de águas paradas em pneus velhos, latas, potes e outros.
As formas adultas são vermes nemátodes de secção circular e com tubo digestivo completo. As fêmeas (alguns centímetros) são maiores que os machos e a reprodução é exclusivamente sexual, com geração de microfilárias. Estas são pequenas larvas fusiformes com apenas 0,2 milímetros.
Ciclo de Vida
As larvas são transmitidas pela picada dos mosquitos e da mosca Chrysomya conhecida como Mosca Varejeira. Da corrente sanguínea elas dirigem-se para os vasos linfáticos, onde se maturam nas formas adultas sexuais. Após cerca de oito meses da infecção inicial, começam a produzir microfilárias que surgem no sangue, assim como em muitos órgãos. O mosquito é infectado quando pica um ser humano doente. Dentro do mosquito as microfilárias modificam-se ao fim de alguns dias em formas mais infectantes.
Progressão e sintomas
O período de incubação pode ser de um mês ou vários meses. A maioria dos casos é assintomática, contudo existe produção de microfilárias e o indivíduo dissemina a infecção através dos mosquitos que o picam.
Os episódios de transmissão de microfilárias (geralmente a noite, a depender da espécie do vetor) pelos vasos sanguíneos podem levar a reações do sistema imunitário, como prurido, febre, mal estar, tosse, asma, fatiga, exantemas, adenopatias (inchaço dos gânglios linfáticos) e com inchaços nos membros, escroto ou mamas. Por vezes causa inflamação dos testículos (orquite).
A longo prazo, a presença de vários pares de adultos nos vasos linfáticos, com fibrosação e obstrução dos vasos (formando nódulos palpáveis) pode levar a acumulações de linfa a montante das obstruções, com dilatação de vasos linfáticos alternativos e espessamento da pele. Esta condição, dez a quinze anos depois, manifesta-se como aumento de volume grotesco das regiões afetadas, principalmente pernas e escroto, devido a retenção de linfa. Os vasos linfáticos alargados pela linfa retida, por vezes arrebentam, complicando a drenagem da linfa ainda mais. Por vezes as pernas tornam-se grossas, dando um aspecto semelhante a patas de elefante, descrito como elefantíase.
Profilaxia
Há um programa da OMS que procura eliminar a doença com fármacos administrados como prevenção e inseticidas. É útil usar roupas que cubram o máximo possível da pele, repelentes de insetos e dormir protegido com redes.
Ascaridíase: lombriga
É uma verminose causada por um parasita chamado Ascaris lumbricoides. É a verminose intestinal humana mais disseminada no mundo. A contaminação acontece ocorre quando há ingestão dos ovos infectados do parasita, que podem ser encontrados no solo, água ou alimentos contaminados por fezes humanas. O único reservatório é o homem. Se os ovos encontram um meio favorável, podem contaminar durante vários anos.
Ciclo da Ascaridíase
1- A ingestão de água ou alimento (frutas e verduras) contaminados pode introduzir ovos de lombriga no tubo digestório humano.
2- No intestino delgado, cada ovo se rompe e libera uma larva.
3- Cada larva penetra no revestimento intestinal e cai na corrente sanguínea, atingindo fígado, coração e pulmões, onde sofre algumas mudanças de cutícula e aumenta de tamanho.
4- Permanece nos alvéolos pulmonares podendo causar sintomas semelhantes ao de pneumonia.
5- Ao abandonar os alvéolos passam para os brônquios, traquéia, laringe (onde provocam tosse com o movimento que executam) e faringe.
6- Em seguida, são deglutidas e atingem o intestino delgado, onde crescem e se transformam em vermes adultos.
7- Após o acasalamento, a fêmea inicia a liberação dos ovos. Cerca de 15.000 por dia. Todo esse ciclo que começou com a ingestão de ovos, até a formação de adultos, dura cerca de 2 meses.
8-Os ovos são eliminados com as fezes. Dentro de cada ovo, dotado de casca protetora, ocorre o desenvolvimento de um embrião que, após algum tempo, origina uma larva.
9- Ovos contidos nas fezes contaminam a água de consumo e os alimentos utilizados pelo homem.
Quais são os sintomas?
A maioria das infecções é assintomática. A larva se libera do ovo no intestino delgado, penetra a mucosa e por via venosa alcança o fígado e pulmão de onde alcançam a árvore brônquica. Junto com as secreções respiratórias são deglutidas e atingem o intestino onde crescem chegando ao tamanho adulto.
Em várias situações podem surgir sintomas dependendo do órgão atingido. A ascaridíase pode causar dor de barriga, diarréia, náuseas, falta de apetite ou nenhum sintoma. Quando há grande número de vermes pode haver quadro de obstrução intestinal. A larva pode contaminar as vias respiratórias, fazendo o indivíduo apresentar tosse, catarro com sangue ou crise de asma. Se uma larva obstruir o colédoco pode haver icterícia obstrutiva.
Medidas profilaticas
Através de medidas de saneamento básico:
É necessário, também, fazer o tratamento de todos os portadores da doença. A ascaridíase está mais presente em países de clima tropical e subtropical. As más condições de higiene e a utilização das fezes como adubo contribuem para a prevalência dessa verminose nos países do terceiro mundo.
Parasitoses causadas por Nematódeos
Ancilóstomos, lombrigas, oxiúros e filárias são alguns exemplos de nematelmintos que parasitam os seres huma nos.
Oxiuriase:
É uma inflamação causada pelo verme Oxyurus vermicularis (ou Enterobius vermicularis) que se aloja no intestino grosso. Entenda-se por inflamação um processo de reação a um agente irritante que atinge um ser vivo. Caracteriza-se por edema (inchaço), hiperemia (vermelhidão), hiperestesia (aumento da sensibilidade dolorosa) e aumento da temperatura local eventualmente se acompanha de diminuição funcional e na dependência do local atingido pode passar sem que se perceba o processo.
Esta verminose é adquirida pela chegada dos ovos deste parasita ao aparelho digestivo através de mecanismos como: a - deglutição - junto com alimentos, poeira de casa, objetos, animais, roupas contaminados com ovos dos oxiúros. Auto-infestação, no ato de coçar o ânus os ovos podem aderir aos dedos e então levados à boca. Após a deglutição dos ovos, no intestino as larvas se transformam em adultos, as fêmeas guardam os ovos fecundados e os machos morrem. As fêmeas migram para o cólon e reto, de noite elas Saem pelo esfíncter anal e depositam ovos na região anal e perianal.
Exceto pelo prurido (coceira) anal e por ocasionais episódios de diarréia a maioria das pessoas não sente nada. Infestações intensas podem causar vômitos, diarréia freqüente inclusive com excesso de gordura nas fezes, prurido anal constante, insônia. Irritabilidade, perda de peso.
O diagnóstico pode ser evidenciado pela visualização dos vermes nas fezes (raro), em pesquisa de ovos no exame parasitológico de fezes e mais comumente pela pesquisa de ovos na região perianal e anal através de raspado anal (swab) ou fita adesiva. Prevenção
A higiene de um modo sistemático, mãos, alimentos, animais, roupas, roupas de cama, brinquedos é eficaz na prevenção. O uso de água sanitária (diluição de 1/3) serve para maior eficácia na limpeza de objetos que não sejam atacados pelo cloro.
Filaríase: elefantíase
A filariose ou elefantiase é a doença causada pelos parasitas nemátodes Wuchereria bancrofti, Brugia malayi e Brugia timori, comumente chamados filária, que se alojam nos vasos linfáticos causando linfedema. Esta doença é também conhecida como elefantíase, devido ao aspecto de perna de elefante do paciente com esta doença. Tem como transmissor os mosquitos dos gêneros Culex, Anopheles, Mansonia ou Aedes, presentes nas regiões tropicais e subtropicais. Quando o nematódeo obstrui o vaso linfático, o edema é irreversível, daí a importância da prevenção com mosquiteiros e repelentes, além de evitar o acúmulo de águas paradas em pneus velhos, latas, potes e outros.
As formas adultas são vermes nemátodes de secção circular e com tubo digestivo completo. As fêmeas (alguns centímetros) são maiores que os machos e a reprodução é exclusivamente sexual, com geração de microfilárias. Estas são pequenas larvas fusiformes com apenas 0,2 milímetros.
Ciclo de Vida
As larvas são transmitidas pela picada dos mosquitos e da mosca Chrysomya conhecida como Mosca Varejeira. Da corrente sanguínea elas dirigem-se para os vasos linfáticos, onde se maturam nas formas adultas sexuais. Após cerca de oito meses da infecção inicial, começam a produzir microfilárias que surgem no sangue, assim como em muitos órgãos. O mosquito é infectado quando pica um ser humano doente. Dentro do mosquito as microfilárias modificam-se ao fim de alguns dias em formas mais infectantes.
Progressão e sintomas
O período de incubação pode ser de um mês ou vários meses. A maioria dos casos é assintomática, contudo existe produção de microfilárias e o indivíduo dissemina a infecção através dos mosquitos que o picam.
Os episódios de transmissão de microfilárias (geralmente a noite, a depender da espécie do vetor) pelos vasos sanguíneos podem levar a reações do sistema imunitário, como prurido, febre, mal estar, tosse, asma, fatiga, exantemas, adenopatias (inchaço dos gânglios linfáticos) e com inchaços nos membros, escroto ou mamas. Por vezes causa inflamação dos testículos (orquite).
A longo prazo, a presença de vários pares de adultos nos vasos linfáticos, com fibrosação e obstrução dos vasos (formando nódulos palpáveis) pode levar a acumulações de linfa a montante das obstruções, com dilatação de vasos linfáticos alternativos e espessamento da pele. Esta condição, dez a quinze anos depois, manifesta-se como aumento de volume grotesco das regiões afetadas, principalmente pernas e escroto, devido a retenção de linfa. Os vasos linfáticos alargados pela linfa retida, por vezes arrebentam, complicando a drenagem da linfa ainda mais. Por vezes as pernas tornam-se grossas, dando um aspecto semelhante a patas de elefante, descrito como elefantíase.
Profilaxia
Há um programa da OMS que procura eliminar a doença com fármacos administrados como prevenção e inseticidas. É útil usar roupas que cubram o máximo possível da pele, repelentes de insetos e dormir protegido com redes.
Ascaridíase: lombriga
É uma verminose causada por um parasita chamado Ascaris lumbricoides. É a verminose intestinal humana mais disseminada no mundo. A contaminação acontece ocorre quando há ingestão dos ovos infectados do parasita, que podem ser encontrados no solo, água ou alimentos contaminados por fezes humanas. O único reservatório é o homem. Se os ovos encontram um meio favorável, podem contaminar durante vários anos.
Ciclo da Ascaridíase
1- A ingestão de água ou alimento (frutas e verduras) contaminados pode introduzir ovos de lombriga no tubo digestório humano.
2- No intestino delgado, cada ovo se rompe e libera uma larva.
3- Cada larva penetra no revestimento intestinal e cai na corrente sanguínea, atingindo fígado, coração e pulmões, onde sofre algumas mudanças de cutícula e aumenta de tamanho.
4- Permanece nos alvéolos pulmonares podendo causar sintomas semelhantes ao de pneumonia.
5- Ao abandonar os alvéolos passam para os brônquios, traquéia, laringe (onde provocam tosse com o movimento que executam) e faringe.
6- Em seguida, são deglutidas e atingem o intestino delgado, onde crescem e se transformam em vermes adultos.
7- Após o acasalamento, a fêmea inicia a liberação dos ovos. Cerca de 15.000 por dia. Todo esse ciclo que começou com a ingestão de ovos, até a formação de adultos, dura cerca de 2 meses.
8-Os ovos são eliminados com as fezes. Dentro de cada ovo, dotado de casca protetora, ocorre o desenvolvimento de um embrião que, após algum tempo, origina uma larva.
9- Ovos contidos nas fezes contaminam a água de consumo e os alimentos utilizados pelo homem.
Quais são os sintomas?
A maioria das infecções é assintomática. A larva se libera do ovo no intestino delgado, penetra a mucosa e por via venosa alcança o fígado e pulmão de onde alcançam a árvore brônquica. Junto com as secreções respiratórias são deglutidas e atingem o intestino onde crescem chegando ao tamanho adulto.
Em várias situações podem surgir sintomas dependendo do órgão atingido. A ascaridíase pode causar dor de barriga, diarréia, náuseas, falta de apetite ou nenhum sintoma. Quando há grande número de vermes pode haver quadro de obstrução intestinal. A larva pode contaminar as vias respiratórias, fazendo o indivíduo apresentar tosse, catarro com sangue ou crise de asma. Se uma larva obstruir o colédoco pode haver icterícia obstrutiva.
Medidas profilaticas
Através de medidas de saneamento básico:
É necessário, também, fazer o tratamento de todos os portadores da doença. A ascaridíase está mais presente em países de clima tropical e subtropical. As más condições de higiene e a utilização das fezes como adubo contribuem para a prevalência dessa verminose nos países do terceiro mundo.
Anelídeos e suas características
O solo é uma parte da biosfera geralmente repleta de vida. Muitos dos seres vivos que habitam o interior do solo não são visíveis a olho nú, mas há outros que podem ser vistos com facilidade. Um exemplo é a minhoca. Ela vive em solo úmido, como é, geralmente, o solo fértil que serve como canteiro (de horta ou jardim).
A minhoca pertence ao filo dos anelídeos - nome que inclui vermes com o corpo segmentado, dividido em anéis. Os anelídeos compreendem cerca de 15 mil espécies, com representantes que vivem no solo úmido, na água doce e na água salgada.
Além da minhoca, existem várias espécies de anelídeos. Podemos citar animais pequenos - como a sanguessuga, que pode medir apenas alguns milímetros de comprimento - e também animais de grande porte - como o minhocuçu, que atinge dois metros.
O habitat dos anelídeos pode ser a água dos mares e oceanos ou a água doce e a terra úmida. Eles são considerados os mais complexos dos vermes. Além do tubo digestório completo, têm um sistema circulatório fechado, isto é, têm boca e ânus e também apresentam um sistema circulatório em que o sangue só circula dentro dos vasos.
O corpo dos anelídeos é revestido por uma pele fina e úmida. Essa é uma característica importante da respiração cutânea - respiração realizada através da pele, pois os gases respiratórios não atravessam superfícies secas.
Na maioria das vezes, os anelídeos são hermafroditas, isto é, cada animal possui os dois sistemas reprodutores: o masculino e o feminino. No entanto, eles realizam fecundação cruzada e recíproca, ou seja, dois animais hermafroditas cruzam e se fecundam mutuamente.
domingo, 12 de junho de 2016
Os fungos mais conhecidos são os bolores, os cogumelos, as orelhas-de-pau e as leveduras (fermentos). Nas classificações mais antigas, eles eram colocados no reino Vegetal, juntamente com as algas e as plantas. Posteriormente, alguns biólogos decidiram incluí-los no reino Protista, juntamente com as algas e os protozoários. A tendência atual, porém, é classificar os fungos em um reino à parte, em virtude de suas características altamente peculiares.
Diferente dos vegetais, os fungos têm nutrição heterotrófica, dependendo de matéria orgânica, viva ou morta, que lhes sirva de alimento. A maioria dos fungos vive no solo, alimentando-se de cadáveres de animais e plantas e de outros materiais de origem orgânica, como esterco, por exemplo. Eles liberam enzimas que digerem o substrato orgânico e absorvem, em seguida, as substâncias provenientes da digestão. Assim, os fungos causam o apodrecimento dos materiais e, por isso, são denominados saprófagos.
Sobre sua estrutura e organização, alguns fungos, como as leveduras, por exemplo, são unicelulares. A maioria, no entanto, é multicelular, constituída por filamentos microscópicos e ramificados, denominados hifas, que, em conjunto, formam o micélio. A hifa é um tubo microscópico que pode ou não apresentar paredes transversais (septos), delimitando as células. Muitos fungos tem hifas não-septadas, preenchidas por uma massa citoplasmática que contém centenas de núcleos, denominadas hifas cenocíticas.
Além do mais, as hifas, menor unidade fisiológica dos fungos, possuem uma parede celular quitínica, ou seja, constituída pelo polissacarídeo quitina. Essa mesma substância está presente do reino Animal, constituindo o esqueleto dos artrópodes. Alguns fungos, além de quitina, apresentam celulose na parede das hifas. Ademais, muitas espécies de fungos formam, em determinadas condições, estruturas denominadas corpos de frutificação, de tamanho e forma variados, que se formam apenas durante a ocorrência de fenômenos sexuais.
Dentro do reino Fungo, há a distinção entre quatro filos: os Phycomycetes (ficomicetos), os Chytridiomicota (quitriodiomicetos), os Ascomycetes (ascomicetos) e os Basidiomycetes (basidiomicetos). O principal critério para separar os fungos nesses quatro filos é o tipo de processo sexual e de estrutura reprodutiva que apresentam.
Os ficomicetos ou zigomicetos, pertencentes ao filo Phycomycetes, são os fungos mais simples e a maioria deles não forma corpo de frutificação. O nome do filo sugere essa simplicidade, pois “ficomiceto” significa “fungo semelhante a uma alga”. Muitos ficomicetos aquáticos formam esporos dotados de flagelos, os zoósporos, como também ocorrem em certas algas. Em geral, são saprófagos, alimentando-se de matéria orgânica em decomposição. Um exemplo bem comum é o bolor preto do pão, Rhizopus stolonifer. Além disso, os ficomicetos podem constituir micorrizas, associações que envolvem fungos e raízes.
Pode-se citar um tipo de reprodução sexuada realizada pelos zigomicetos, que ocorre quando micélios de sexos diferentes se encontram. Em Rhizopus, por exemplo, as hifas de sexos opostos formam hifas especializadas, chamadas gametângios, que um em direção ao outro; ao se tocas, os gametângios se fundem. Um ou mais núcleos haploides de um dos sexos se fundem aos do outro sexo, originando zigotos diploides. A região em que os gametângios se fundiram diferencia-se em uma estrutura esférica, de parede escura e espessa, onde os zigotos sofreram meiose e casa um originará quatro esporos haploides. Cada esporo, ao germinar, dará origem a um novo micélio.
Os ascomicetos, pertencentes ao filo Ascomycetes, formam estruturas reprodutivas em forma de saco, denominadas ascos. Existem formas unicelulares, chamadas de leveduras, e formas filamentosas, como os mofos e bolores. Os ascomicetos saprofágicos exercem importantes funções ecológicas, entre elas a decomposição de moléculas orgânicas muito resistentes, como a celulose e a lignina, ambas de origem vegetal, e o colágeno, de origem animal. O modo de vida parasitário também é comum. Além de saprofágicos e parasitas, alguns ascomicetos podem ser mutualísticos, formando micorrizas e a maioria das variedades de liquens.
A reprodução sexuada nos ascomicetos se dá por meio do encontro de hifas de micélios de sexos diferentes. Nesse caso, as hifas dos dois micélios se fundem, originando células com dois núcleos. Em algumas dessas células, os núcleos se fundem, produzindo um núcleo zigótico diploide. Este sofre meiose e origina núcleos haploides, que se diferenciam em ascósporos. A hifa onde tudo isso ocorreu se transforma em uma estrutura alongada, em forma de saco, denominada asco. Quando maduro, o asco se rompe, liberando os ascósporos. Ao germinar, cada ascósporo dá origem a um novo micélio haploide.
Os basidiomicetos, pertencentes ao filo Basidiomycetes, são cosmopolitas e vivem principalmente em ambiente terrestre e, em sua maioria, são comestíveis. A maioria dos fungos desse filo é saprófaga. Existem, porém, representantes parasitas. Certos basidiomicetos são mutualísticos, compondo micorrizas e liquens. Muitas espécies apresentam corpos de frutificação elaborados, chamados basidiocarpos, ou basidiomas, popularmente conhecidos como cogumelos e orelhas-de-pau.
A reprodução sexuada dos basidiomicetos é feita por meio do encontro de micélios diferentes que se fundem e formam um micélio com células binucleadas ou dicarióticas. Essas hifas organizam de maneira compacta, formando um corpo de frutificação denominado basidiocarpo, o cogumelo. No basidiocarpo, algumas hifas se diferenciam em estruturam especiais, os basídios, onde ocorre a fusão dos núcleos, resultando em um núcleo zigótico diploide. Este logo sofre meiose e origina quatro esporos haploides, os basidiósporos. Os basídios se localizam na parte inferior dos cogumelos. Na extremidade livre do basídio, localizam-se os quatro basidiósporos, que logo serão libertados. Ao cair em local adequado, rico em matéria orgânica, um basidiósporo germina e origina um novo micélio.
Os quitridiomicetos, pertencentes ao filo Chytridiomicota, vivem principalmente em ambientes de água doce ou salgada. São cosmopolitas, ou seja, existem em diferentes regiões do planeta. Podem ser parasitas ou saprófagos. Uma característica marcante desse grupo é a presença de células dotadas de flagelo em alguma fase da vida. Seu ciclo de vida apresenta uma fase diploide e outra haploide bem definidas. Todavia, a fase diploide não é efêmera.
Na reprodução dos quitridiomicetos, os núcleos dos gametângios (estruturas produtoras de gametas) geram, a partir da mitose, gametas haploides flagelados. No encontro de dois gametas de sexos opostos, ocorre a fecundação, que origina um zigoto diploide.Esse zigoto se desenvolve e forma um fungo diploide, esporófito. O esporófito produz tanto esporos haploides quanto diploides, que, ao germinarem, dão origem respectivamente a um gametófito n (haploide) e um esporófito 2n (diploide). Assim, o ciclo se reinicia, com a alternância entre as fases sexuada e assexuada.
Os conidiais, ou deuteromicetos, são também chamados de “fungos imperfeitos”, não sendo constituído um filo propriamente dito. A maioria deles é saprófaga e parasita, mas, no entanto, há alguns que são predadores e que estabelecem relações mutualísticas. São encontrados nos meios terrestre e aquático, no ar, no organismo humano, sobre a matéria orgânica de vegetais e de animais vivos ou mortos.
Além das formas de reprodução citadas, os fungos, de maneira geral, podem estabelecer reproduções assexuadas tais como: fragmentação, brotamento e esporulação. A maneira mais simples de um fungo filamentoso se reproduzir assexuadamente é por fragmentação: um micélio se fragmenta originando novos micélios. Por outro lado, leveduras como Saccharomyces cerevisae se reproduzem por brotamento ou gemulação. Os brotos normalmente se seprarem do genitos, mas, eventualmente, podem permanecer grudados, formando cadeias de células. Na esporulação, células dotadas de paredes resistentes germinam, produzindo hifas. Em certos fungos aquáticos, os esporos são dotados de flagelos.
Os fungos, de maneira geral, podem estabelecer relações com outros indivíduos por meio do mutualismo, parasitismo, comensalismo ou predação e, por esse motivo, exercem um importante papel para a manutenção da vida na Terra.
Como associação mutualística, é possível citar os líquens. Eles se associam a algas e/ou cianobactérias, de forma que oferecem proteção em troca do açúcar produzido por elas a fim de que sua nutrição seja estabelecida.
Além disso, é possível mencionar as micorrizas, que são as relações de mutualismo simbiótico constituídas de fungos e raízes de plantas. As hifas do fungo auxiliam a planta a absorver água e sais minerais, visto que aumentam a superfície de absorção. As plantas, por sua vez, retribuem os fungos fornecendo-lhes os fotoassimilados, dado que eles não são capazes de sintetizar os carboidratos.
Ainda relativo às relações mutualísticas, os fungos decompositores obtêm matéria orgânica das folhas que caem das árvores, por exemplo, e liberam enzimas, que resultam na produção de CO2 e água, a partir da celulose, e que serão reutilizados pelas plantas; amônia, a partir das proteínas, que é um nutriente extremamente importante para as plantas por ser fonte de nitrogênio; e fosfato, a partir da decomposição do DNA, que, também, será reabsorvido pelas plantas.
As associações de parasitismo dos fungos com outros seres podem ser amplamente observadas por meio do adoecimento de plantas, por exemplo, o que acarreta em um prejuízo, principalmente no setor agroindustrial. Podemos frisar a doença causada por um fungo parasita que é popularmente conhecida como pinta-preta, que ocasiona a incidência de manchas escurecidas nas folhas, nos caules e nos frutos dos vegetais.
Na espécie humana, os fungos também podem se apresentar como parasitas, ocasionando diversas patologias, como a candidíase, as onimicoses, as frieiras, entre outras. Há, também, tipos específicos de fungos que se instalam no amendoim e liberam uma substância chamada de aflatoxina, que pode gerar diversas doenças, tais como Hepatite B, problemas no sistema nervoso e até, câncer de fígado.
As relações de comensalismo envolvem os fungos saprófagos, que se alimentam de matéria orgânica morta por meio processo chamado de decomposição, no qual liberam enzimas digestivas no meio onde estão inseridas a fim de realizar a digestão extra-celular. Esse processo é essencial para a manutenção de ecossistemas, uma vez que decompõem cadáveres e resíduos orgânicos que, sem sua presença, ficariam acumulados no ambiente. Por isso podemos dizer que os fungos são os “lixeiros da natureza”, realizando a reciclagem da matéria constituinte dos seres vivos, já que os resíduos produzidos poderão ser utilizados por outros organismos.
Como exemplo de saprófagos pode-se citar o bolor, que se desenvolve em certos alimentos, como frutas podres. Os fios esbranquiçados que podem ser vistos na superfície correspondem às hifas do fungo. No entanto, isso também é uma desvantagem, já que o bolor pode ser prejudicial à saúde de outros seres vivos, como o homem.
Os fungos predadores obtêm nutrientes a partir do aprisionamento de animais muito pequenos ou microscópicos. É comum das hifas secretarem substancias aderentes que aprisionam os organismos que entram em contato com os fungos. Dessa forma, as hifas penetram no corpo da presa, crescendo ate absorver todos os seus nutrientes. Entretanto, alguns gêneros têm métodos mais elaborados. Um exemplo é o Arthrobotrys, que vive no solo e captura nematoides microscópicos através de suas hifas, que apresentam pequenos anéis que se estreitam quando uma presa passa por eles.
Torna-se evidente, portanto, que os fungos exercem suma importância tanto economicamente quanto ecologicamente. No campo econômico, os fungos podem servir como finas iguarias, como o champignon e o shitake; podem ser utilizados como fermentos na produção de pães e bolos através da fermentação alcoólica realizada pelas leveduras, além de iogurtes, vinhos e queijos; possuem um aspecto fundamental: o emprego na indústria farmacêutica na produção de antibióticos como a penicilina, acidentalmente descoberta em 1929 por Alexander Fleming e que é usada ate hoje no combate a doenças. No campo ecológico, os fungos reciclam a matéria orgânica e associam-se a outros organismos promovendo vantagens a ambos, além de sua participação em teias alimentares. Há fungos causadores de micoses nos seres humanos, que prejudicam plantas e alguns organismos podendo levando-os à morte, porém sua presença é fundamental para a manutenção dos diversos ecossistemas presentes na Terra. A sua presença nem sempre é notada, pois mesmo que alguns desses organismos possam ser vistos macroscopicamente não se tem a noção da sua real importância, no entanto, a sua ausência resultaria na extinção de espécies e levaria o mundo aos caos do meio ambiente
terça-feira, 7 de junho de 2016
Os Moluscos
Os moluscos, pertencentes ao filo mollusca, são animais invertebrados, marinhos, de água doce e até terrestres, com conchas (como os caracóis) ou sem (como lesmas) e com simetria bilateral, além de poderem viver fixos ou não. São conhecidas aproximadamente 50.000 espécies viventes e que se dividem em oito classes, que são: gastropoda, bivalvia, scaphopoda, aplacophora, cephalopoda, monoplacophora, polyplacophora e caudofoveata.. Trata-se do segundo filo com a maior variedade de espécies, logo após o dos artrópodes. Apesar da grande variedade de espécies, todos possuem o mesmo plano estrutural e funcional.
Os moluscos vêm de
centenas de milhões de anos atrás, e ao longo de sua existência adaptaram-se a
condições muito diversas, como regiões polares ou tropicais, desde a superfície
ate regiões abissais. Seu tamanho também é muito variado: enquanto alguns são
milimétricos, outros podem chegar a 20 metros, como as lulas gigantes.
São seres triblásticos e
celomados, protostômios, esquizocélicos e hiponeuros. Seus corpos são moles e
não segmentados, abrigando um tubo digestório completo. sua pele produz uma secreção viscosa, o muco,
que facilita principalmente a sua locomoção sobre troncos de árvores e
pedras ásperas, sem machucar o corpo. o corpo da maioria dos moluscos dividido
em três partes fundamentais: a cabeça, o pé e a massa visceral.
Na cabeça estão o encéfalo e os órgãos sensoriais como tentáculos e
olhos. Nos gastrópodes e cefalópodes, a boca possui uma estrutura parecida com uma língua
cheia de pequenos dentes afiados de quitina, chamada de rádula. Com ela, os moluscos conseguem raspar os alimentos,
transformando-os em pequenas partículas que são envolvidas de muco e enviadas
para o estômago.
Os pés servem para locomoção e têm caráter
sistemático, sendo a estrutura muscular mais desenvolvida do filo. Nos
moluscos, o pé é o responsável pelos
movimentos, podendo ser usado para cavar, rastejar ou nadar. Nos polvos e nas lulas os tentáculos fazem o papel de pé.
Na massa visceral são encontradas as
vísceras. Nela se encontram todos os
órgãos do animal, como estômago, coração e órgãos reprodutores e excretores. Em
alguns moluscos, revestindo a massa visceral há uma camada repleta de glândulas
produtoras da concha, o manto.
A concha protege os moluscos contra predadores e contra a desidratação (nos moluscos terrestres). Em caracóis, chamados univalves, a conca é formada apenas por uma peça, a valva. Já em ostras e mexilhões, a concha é formada por duas valvas que se articulam, sendo, por isso, chamados de bivalves. Ela apresenta varias camadas: a mais externa é constituída por uma proteína; internamente há duas camadas calcarias (formadas pela deposição de carbonato de cálcio), sendo uma com textura porosa e a outra, a camada nacarada, tem textura sedosa e brilhante (essa camada impede que as outras se dissolvam). Em certos moluscos, como os cefalópodes, a concha é interna e formada por um material parecido com uma cartilagem.
Digestão
Os moluscos podem ser herbívoros, predadores ou filtradores.
Apresentam um sistema digestório completo, ou seja, com boca e ânus. Os dois
primeiros tipos possuem a rádula. A digestão é inicialmente extracelular, no
estômago e nas glândulas digestórias, extracelular. Os bivalves possuem um
estilete cristalino, estrutura localizada entre o estômago e o intestino, numa
bolsa chamada ceco gástrico e serve para facilitar a digestão liberando enzimas.
Nos filtradores, as partículas em suspensão na água são retidas nas brânquias e
conduzidas à boca.
Circulação e Respiração
Na maioria
dos moluscos, está presente um sistema circulatório aberto ou lacunar, ou seja,
o sangue em circulação nem sempre esta em vasos, podendo estar presente em
cavidades corporais antes de fluir por outros vasos. O coração ocupa a posição dorsal e fica em uma cavidade
chamada pericárdica. Possui um ou dois átrios, e um ventrículo. O sangue das
células volta ao coração pelas lacunas A única
exceção é o grupo dos cefalópodes, que necessitam de alta pressão devido ao
fato de se locomoverem rapidamente. Os moluscos
possuem pigmentos respiratórios chamados hemocianina e, principalmente nos
cefalópodes, a hemoglobina.
Grande parte dos moluscos respira através de brânquias,
vivendo exclusivamente na agua, como os polvos e lulas. Entretanto, outros
realizam a respiração pulmonar, ou seja, através de pulmões, sendo terrestres,
a exemplo dos caracóis e caramujos. Há ainda aqueles que realizam a respiração
cutânea (respiram pela superfície do corpo), que também são terrestres, como as
lesmas.
Excreção
Na maioria dos moluscos,
a excreção ocorre por um ou mais pares de rins, chamados de metanefrídios. Os
fluidos corporais passam do celoma para o interior dos metanefrídios, onde
substancias uteis são reabsorvidas e os resíduos eliminados pelo poro excretor.
Cada metanefrídio possui um ducto com duas aberturas: uma para a cavidade
pericárdica, chamada nefróstoma, de onde retira as excretas, e um poro
excretor, chamado nefridióporo, por onde saem as excretas.
Sistema Nervoso e Sensorial
É do tipo ganglionar, ou
seja, formado por um conjunto de gânglios nervosos na região da cabeça, unidos
entre si por cordões nervosos longitudinais ventrais, interligados por nervos
transversais.
Os gânglios cerebróides ficam na cabeça, inervando as principais estruturas cerebrais, os gânglios pediosos inervam os pés, sendo responsáveis pela locomoção e os gânglios viscerais inervam as vísceras.
Os gânglios cerebróides ficam na cabeça, inervando as principais estruturas cerebrais, os gânglios pediosos inervam os pés, sendo responsáveis pela locomoção e os gânglios viscerais inervam as vísceras.
Locomoçao
Em moluscos terrestres,
como os caracóis, os pes são musculosos e promovem seu deslocamento mediante
ondas de concentração de um rastro mucoso. Nas ostras, o pé achatado é usado na
escavação ou ancoragem. Os bivalves sesseis têm pé reduzido. Alguns são capazes
de se locomover na agua abrindo e fechando a concha repetidamente. As lulas são
os invertebrados aquáticos mais velozes, devido ao movimento de propulsão a
jato criado quando a cavidade do mante se enche de água, que é expelida
continuamente.
Reprodução
Os
moluscos podem ser hermafroditas(como certos bivalves e nudibrânquios) ou
dioicos (maioria dos moluscos); sua fecundação pode ser interna ou externa e o
desenvolvimento pode ser direto ou indireto. A reprodução é exclusivamente
sexuada. No desenvolvimento indireto, após a fecundação há a formação de uma
larva livre-natante, mesmo no caso de animais sésseis como as ostras e
mexilhões, que passa a integrar o plâncton até se fixar definitivamente.
Classificação
Sua classificação ainda é
bastante controversa, mas com base em sua morfologia, são reconhecidas as oito
classes citadas no inicio da postagem (gastropoda, bivalvia, scaphopoda,
aplacophora, cephalopoda, monoplacophora, polyplacophora e caudofoveata).
Gastropoda é o grupo mais numeroso e diversificado, representando 80% das espécies do filo. Incluem caracóis, lesmas, lebres do mar, lapas e búzios. A maioria é aquática e vai de 1 mm ate 70 cm. Quase todos possuem concha univalve, achatada ou espiralada, na qual fica a massa visceral. Algumas espécies possuem opérculo, que fecha a entrada da concha quando o molusco se recolhe. Os gastrópodes marinhos respiram por brânquias localizadas na cavidade paleal, que funciona como um pulmão para as trocas gasosas. Certos gastrópodes mudam de sexo durante a sua vida;
Bivalvia é a segunda maior classe dos moluscos (cerca de 15000 espécies) e incluem mariscos, ostras e mexilhões, sendo exclusivamente aquáticos e apresentando a simetria bilateral. Seu corpo é comprimido lateralmente com uma concha externa com duas valvas. Não possuem cabeça e nem rádula. Os membros dessa classe são predominantemente filtradores e outros são necrófagos ou predadores. Vivem enterrados ou presos a substratos e se movimentam com seu pé;
Scaphopoda compreende os moluscos que possuem concha cônica alongada e
curvada, semelhante a uma presa de elefante. Não tem olhos e possuem pequenos
tentáculos usados para capturar alimentos. Um exemplo de membro dessa classe é
o dentalium;
Aplacophora é um grupo que não possui concha, tentáculos e nem olhos. Possuem espiculas ou escamas calcárias secretadas pela epiderme. Alguns vivem enterrados em fundos arenosos ou lodosos dos mares e se alimentam de microrganismos, enquanto que outros vivem sobre cnidários, dos quais se alimentam. São encontrados em profundidades entre 80 e 3000 m.
Cephalopoda é um grupo relativamente pequeno, mas que possui populações abundantes nos mares, incluindo polvos, lulas e náutilos. Podem ter concha interna reduzida, como nas lulas; externa, como nos náutilos ou ainda não ter concha nenhuma, como nos polvos. A cabeça dos cefalópodes normalmente possui um par desenvolvido de olhos e uma boca rodeada de tentáculos ou espinhos. Em algumas espécies, os tentáculos possuem ventosas. Os cefalópodes são predadores ativos, que utilizam de sua rádula para ferir as presas e em certos casos, ate injetar veneno. Possuem cromatóforos, células especiais responsáveis pela mudança de cor, como forma de camuflagem e atração de parceiros sexuais. Muitos apresentam uma bolsa de tinta anexa ao intestino, que tem seu conteúdo eliminado na agua para distrair predadores quando os cefalópodes se veem em perigo.
Monoplacophora é uma classe cujos representantes possuem uma concha univalve, que cobre seus corpos como um capuz. O pé apresenta formato discoidal, a cabeça é pequena e os tentáculos estão ausentes. Vivem em sedimentos de rochas, ou seja, têm tamanho reduzido. Sua rádula é membranosa e alargada, com varias fileiras de dentes. Até meados do século XX todas as espécies eram fosseis, ate que novas foram descobertas em 1952, sendo atualmente registradas apenas 20 espécies.
Polyplacophora tem seus
representantes normalmente chamados de quítons, com corpo alongado e achatado,
com pé desenvolvido. o nome do grupo explica-se pela sua concha, com oito
placas dorsais. São exclusivamente marítimos, vivendo desde águas rasas ate as
profundas. A maior parte deles é herbívora, mas algumas espécies alimentam-se
também de pequenos invertebrados.
Caudofoveata é uma
pequena classe, da qual se conhecem cerca de 100 espécies. Não possuem concha,
sendo assim vermiformes e cilíndricos. Vivem em águas profundas, enterrados em
sedimentos. Não têm pés nem estruturas
sensoriais como tentáculos, olhos ou
estatocistos e variam de 2 a 140 mm de comprimento.
Os moluscos estão muito presentes em nosso dia-a-dia, como na culinária, já que diversas espécies são utilizadas como alimento. Os botões de madrepérola e as pérolas são oriundos de conchas de bivalves e a “tinta” que é usada por polvos como defesa era bastante usada em canetas de artistas e arquitetos. Claro que nem todos os moluscos são beneficiais à nossa saúde, visto que alguns podem perfurar cascos de navios e âncoras de madeira (as famosas cracas), devastar plantações e jardins (caracóis e lesmas), ser hospedeiros de agentes patológicos (caramujos do gênero Biomphalaria) e destruir ostras (caramujo perfurador). Além de tudo isso, os moluscos também possuem uma grande importância nas cadeias alimentares, sendo detritívoros, consumidores de microrganismos, predadores de grandes presas (peixes e vermes) e herbívoros (alimentando-se assim de algas e outras plantas)
http://brasilescola.uol.com.br/biologia/moluscos2.htm
http://www.infoescola.com/biologia/moluscos-mollusca/
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/moluscos.php
https://pt.wikipedia.org/wiki/Moluscos
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