quarta-feira, 21 de setembro de 2016
Angiospermas
Atualmente são conhecidas cerca de 350 mil espécies de plantas - desse total, mais de 250 mil são angiospermas. A palavra angiosperma vem do grego angeios, que significa 'bolsa', e sperma, 'semente'. Essas plantas representam o grupo mais variado em número de espécies entre os componentes do reino Plantae ou Metaphyta.
Flores e frutos: aquisições evolutivas
As angiospermas produzem raiz, caule, folha, flor, semente e fruto. Considerando essas estruturas, perceba que, em relação às gimnospermas, as angiospermas apresentam duas "novidades": as flores e os frutos.
As flores podem ser vistosas tanto pelo colorido quanto pela forma; muitas vezes também exalam odor agradável e produzem um líquido açucarado - o néctar - que serve de alimento para as abelhas e outros animais. Há também flores que não têm peças coloridas, não são perfumadas e nem produzem néctar.
As partes da flor
Os órgãos de suporte – órgãos que sustentam a flor, tais como:
pedúnculo – liga a flor ao resto do ramo.
receptáculo – dilatação na zona terminal do pedúnculo, onde se inserem as restantes peças florais.
Órgãos de proteção
Órgãos que envolvem as peças reprodutoras propriamente ditas, protegendo-as e ajudando a atrair animais polinizadores. O conjunto dos órgãos de proteção designa-se perianto. Uma flor sem perianto diz-se nua.
cálice – conjunto de sépalas, as peças florais mais parecidas com folhas, pois geralmente são verdes. A sua função é proteger a flor quando em botão. A flor sem sépalas diz-se assépala. Se todo o perianto apresentar o mesmo aspecto (tépalas), e for semelhante a sépalas diz-se sepalóide. Neste caso diz-se que o perianto é indiferenciado.
corola – conjunto de pétalas, peças florais geralmente coloridas e perfumadas, com glândulas produtoras de néctar na sua base, para atrair animais. A flor sem pétalas diz-se apétala. Se todo o perianto for igual (tépalas), e for semelhante a pétalas diz-se petalóide. Também neste caso, o perianto se designa indiferenciado.
Órgãos de reprodução
folhas férteis modificadas, localizadas mais ao centro da flor e designadas esporófilos. As folhas férteis masculinas formam o anel mais externo e as folhas férteis femininas o interno.
androceu – parte masculina da flor, é o conjunto dos estames. Os estames são folhas modificadas, ou esporófilos, pois sustentam esporângios. São constituídas por um filete (corresponde ao pecíolo da folha) e pela antera (corresponde ao limbo da folha);
gineceu – parte feminina da flor, é o conjunto de carpelos. Cada carpelo, ou esporófilo feminino, é constituído por uma zona alargada oca inferior designada ovário, local que contém óvulos. Após a fecundação, as paredes do ovário formam o fruto. O carpelo prolonga-se por uma zona estreita, o estilete, e termina numa zona alargada que recebe os grãos de pólen, designada estigma. Geralmente o estigma é mais alto que as anteras, de modo a dificultar a autopolinização.
Os frutos contêm e protegem as sementes e auxiliam na dispersão na natureza. Muitas vezes eles são coloridos, suculentos e atraem animais diversos, que os utiliza como alimento. As sementes engolidas pelos animais costumam atravessar o tubo digestivo intactas e são eliminadas no ambiente com as fezes, em geral em locais distantes da planta-mãe, pelo vento, por exemplo. Isso favorece a espécie na conquista de novos territórios.
Atualmente são conhecidas cerca de 350 mil espécies de plantas - desse total, mais de 250 mil são angiospermas. A palavra angiosperma vem do grego angeios, que significa 'bolsa', e sperma, 'semente'. Essas plantas representam o grupo mais variado em número de espécies entre os componentes do reino Plantae ou Metaphyta.
Flores e frutos: aquisições evolutivas
As angiospermas produzem raiz, caule, folha, flor, semente e fruto. Considerando essas estruturas, perceba que, em relação às gimnospermas, as angiospermas apresentam duas "novidades": as flores e os frutos.
As flores podem ser vistosas tanto pelo colorido quanto pela forma; muitas vezes também exalam odor agradável e produzem um líquido açucarado - o néctar - que serve de alimento para as abelhas e outros animais. Há também flores que não têm peças coloridas, não são perfumadas e nem produzem néctar.
As partes da flor
Os órgãos de suporte – órgãos que sustentam a flor, tais como:
pedúnculo – liga a flor ao resto do ramo.
receptáculo – dilatação na zona terminal do pedúnculo, onde se inserem as restantes peças florais.
Órgãos de proteção
Órgãos que envolvem as peças reprodutoras propriamente ditas, protegendo-as e ajudando a atrair animais polinizadores. O conjunto dos órgãos de proteção designa-se perianto. Uma flor sem perianto diz-se nua.
cálice – conjunto de sépalas, as peças florais mais parecidas com folhas, pois geralmente são verdes. A sua função é proteger a flor quando em botão. A flor sem sépalas diz-se assépala. Se todo o perianto apresentar o mesmo aspecto (tépalas), e for semelhante a sépalas diz-se sepalóide. Neste caso diz-se que o perianto é indiferenciado.
corola – conjunto de pétalas, peças florais geralmente coloridas e perfumadas, com glândulas produtoras de néctar na sua base, para atrair animais. A flor sem pétalas diz-se apétala. Se todo o perianto for igual (tépalas), e for semelhante a pétalas diz-se petalóide. Também neste caso, o perianto se designa indiferenciado.
Órgãos de reprodução
folhas férteis modificadas, localizadas mais ao centro da flor e designadas esporófilos. As folhas férteis masculinas formam o anel mais externo e as folhas férteis femininas o interno.
androceu – parte masculina da flor, é o conjunto dos estames. Os estames são folhas modificadas, ou esporófilos, pois sustentam esporângios. São constituídas por um filete (corresponde ao pecíolo da folha) e pela antera (corresponde ao limbo da folha);
gineceu – parte feminina da flor, é o conjunto de carpelos. Cada carpelo, ou esporófilo feminino, é constituído por uma zona alargada oca inferior designada ovário, local que contém óvulos. Após a fecundação, as paredes do ovário formam o fruto. O carpelo prolonga-se por uma zona estreita, o estilete, e termina numa zona alargada que recebe os grãos de pólen, designada estigma. Geralmente o estigma é mais alto que as anteras, de modo a dificultar a autopolinização.
Os frutos contêm e protegem as sementes e auxiliam na dispersão na natureza. Muitas vezes eles são coloridos, suculentos e atraem animais diversos, que os utiliza como alimento. As sementes engolidas pelos animais costumam atravessar o tubo digestivo intactas e são eliminadas no ambiente com as fezes, em geral em locais distantes da planta-mãe, pelo vento, por exemplo. Isso favorece a espécie na conquista de novos territórios.
Gimnospermas
As gimnospermas (do grego Gymnos: 'nu'; e sperma: 'semente') são plantas terrestres que vivem, preferencialmente, em ambientes de clima frio ou temperado. Nesse grupo incluem-se plantas como pinheiros, as sequóias e os ciprestes.
As gimnospermas possuem raízes, caule e folhas. Possuem também ramos reprodutivos com folhas modificadas chamadas estróbilos. Em muitas gimnospermas, como os pinheiros e as sequóias, os estróbilos são bem desenvolvidos e conhecidos como cones - o que lhes confere a classificação no grupo das coníferas.
Há produção de sementes: elas se originam nos estróbilos femininos. No entanto, as gimnospermas não produzem frutos. Suas sementes são "nuas", ou seja, não ficam encerradas em frutos.
Reprodução das gimnospermas
Vamos usar o pinheiro-do-paraná (Araucária angustifólia) como modelo para explicar a reprodução das gimnospermas. Nessa planta os sexos são separados: a que possui estróbilos masculinos não possuem estróbilos femininos e vice-versa. Em outras gimnospermas, os dois tipos de estróbilos podem ocorrer numa mesma planta. Cones ou estróbilos O estróbilo masculino produz pequenos esporos chamados grãos de pólen. O estróbilo feminino produz estruturas denominadas óvulos. No interior de um óvulo maduro surge um grande esporo. Quando um estróbilo masculino se abre e libera grande quantidade de grãos de pólen, esses grãos se espalham no ambiente e podem ser levados pelo vento até o estróbilo feminino. Então, um grão de pólen pode formar uma espécie de tubo, o tubo polínico, onde se origina o núcleo espermático, que é o gameta masculino. O tubo polínico cresce até alcançar o óvulo, no qual introduz o núcleo espermático. No interior do óvulo, o grande esporo que ele abriga se desenvolve e forma uma estrutura que guarda a oosfera, o gameta feminino. Uma vez no interior do óvulo, o núcleo espermático fecunda a oosfera, formando o zigoto. Este, por sua vez, se desenvolve, originando um embrião. À medida que o embrião se forma, o óvulo se transforma em semente, estrutura que contém e protege o embrião Nos pinheiros, as sementes são chamadas pinhões. Uma vez formados os pinhões, o cone feminino passa a ser chamado pinha. Se espalhadas na natureza por algum agente disseminador, as sementes podem germinar. Ao germinar, cada semente origina uma nova planta. A semente pode ser entendida como uma espécie de "fortaleza biológica", que abriga e protege o embrião contra desidratação, calor, frio e ação de certos parasitas. Além disso, as sementes armazenam reservas nutritivas, que alimentam o embrião e garantem o seu desenvolvimento até que as primeiras folhas sejam formadas. A partir daí, a nova planta fabrica seu próprio alimento pela fotossíntese.
As gimnospermas (do grego Gymnos: 'nu'; e sperma: 'semente') são plantas terrestres que vivem, preferencialmente, em ambientes de clima frio ou temperado. Nesse grupo incluem-se plantas como pinheiros, as sequóias e os ciprestes.
As gimnospermas possuem raízes, caule e folhas. Possuem também ramos reprodutivos com folhas modificadas chamadas estróbilos. Em muitas gimnospermas, como os pinheiros e as sequóias, os estróbilos são bem desenvolvidos e conhecidos como cones - o que lhes confere a classificação no grupo das coníferas.
Há produção de sementes: elas se originam nos estróbilos femininos. No entanto, as gimnospermas não produzem frutos. Suas sementes são "nuas", ou seja, não ficam encerradas em frutos.
Reprodução das gimnospermas
Vamos usar o pinheiro-do-paraná (Araucária angustifólia) como modelo para explicar a reprodução das gimnospermas. Nessa planta os sexos são separados: a que possui estróbilos masculinos não possuem estróbilos femininos e vice-versa. Em outras gimnospermas, os dois tipos de estróbilos podem ocorrer numa mesma planta. Cones ou estróbilos O estróbilo masculino produz pequenos esporos chamados grãos de pólen. O estróbilo feminino produz estruturas denominadas óvulos. No interior de um óvulo maduro surge um grande esporo. Quando um estróbilo masculino se abre e libera grande quantidade de grãos de pólen, esses grãos se espalham no ambiente e podem ser levados pelo vento até o estróbilo feminino. Então, um grão de pólen pode formar uma espécie de tubo, o tubo polínico, onde se origina o núcleo espermático, que é o gameta masculino. O tubo polínico cresce até alcançar o óvulo, no qual introduz o núcleo espermático. No interior do óvulo, o grande esporo que ele abriga se desenvolve e forma uma estrutura que guarda a oosfera, o gameta feminino. Uma vez no interior do óvulo, o núcleo espermático fecunda a oosfera, formando o zigoto. Este, por sua vez, se desenvolve, originando um embrião. À medida que o embrião se forma, o óvulo se transforma em semente, estrutura que contém e protege o embrião Nos pinheiros, as sementes são chamadas pinhões. Uma vez formados os pinhões, o cone feminino passa a ser chamado pinha. Se espalhadas na natureza por algum agente disseminador, as sementes podem germinar. Ao germinar, cada semente origina uma nova planta. A semente pode ser entendida como uma espécie de "fortaleza biológica", que abriga e protege o embrião contra desidratação, calor, frio e ação de certos parasitas. Além disso, as sementes armazenam reservas nutritivas, que alimentam o embrião e garantem o seu desenvolvimento até que as primeiras folhas sejam formadas. A partir daí, a nova planta fabrica seu próprio alimento pela fotossíntese.
Pteridófitas
Samambaias, avencas, xaxins e cavalinhas são alguns dos exemplos mais conhecidos de plantas do grupo das pteridófitas. A palavra pteridófita vem do grego pteridon, que significa 'feto'; mais phyton, 'planta'. Observe como as folhas em brotamento apresentam uma forma que lembra a posição de um feto humano no útero materno. Antes da invenção das esponjas de aço e de outros produtos, pteridófitas como a "cavalinha", cujo aspecto lembra a cauda de um cavalo e tem folhas muito ásperas, foram muito utilizadas como instrumento de limpeza. No Brasil, os brotos da samambaia-das-roças ou feto-águia, conhecido como alimento na forma de guisados.
Atualmente, a importância das pteridófitas para o interesse humano restringe-se, principalmente, ao seu valor ornamental. É comum casas e jardins serem embelezados com samambaias e avencas, entre outros exemplos.
Ao longo da história evolutiva da Terra, as pteridófitas foram os primeiros vegetais a apresentar um sistema de vasos condutores de nutrientes.
Isso possibilitou um transporte mais rápido de água pelo corpo vegetal e favoreceu o surgimento de plantas de porte elevado. Além disso, os vasos condutores representam uma das aquisições que contribuíram para a adaptação dessas plantas a ambientes terrestres
O corpo das pteridófitas possui raiz, caule e folha. O caule das atuais pteridófitas é em geral subterrâneo, com desenvolvimento horizontal. Mas, em algumas pteridófitas, como os xaxins, o caule é aéreo. Em geral, cada folha dessas plantas divide-se em muitas partes menores chamadas folíolos.
A maioria das pteridófitas é terrestre e, como as briófitas, vivem preferencialmente em locais úmidos e sombreados.
Reprodução das pteridófitas
Da mesma maneira que as briófitas, as pteridófitas se reproduzem num ciclo que apresenta uma fase sexuada e outra assexuada. Para descrever a reprodução nas pteridófitas, vamos tomar como exemplo uma samambaia comumente cultivada (Polypodium vulgare).
A samambaia é uma planta assexuada produtora de esporos. Por isso, ela representa a fase chamada esporófito
Em certas épocas, na superfície inferior das folhas das samambaias formam-se pontinhos escuros chamados soros. O surgimento dos soros indica que as samambaias estão em época de reprodução - em cada soro são produzidos inúmeros esporos.
Quando os esporos amadurecem, os soros se abrem. Então os esporos caem no solo úmido; cada esporo pode germinar e originar um protalo, aquela plantinha em forma de coração mostrada no esquema abaixo.
O protalo é uma planta sexuada, produtora de gametas; por isso, ele representa a fase chamada de gametófito. Ciclo reprodutivo das samambaias O protalo das samambaias contém estruturas onde se formam anterozoides e oosferas. No interior do protalo existe água em quantidade suficiente para que o anterozoide se desloque em meio líquido e "nade" em direção à oosfera, fecundado-a. Surge então o zigoto, que se desenvolve e forma o embrião.
O embrião, por sua vez, se desenvolve e forma uma nova samambaia, isto é, um novo esporófito. Quando adulta, as samambaias formam soros, iniciando novo ciclo de reprodução.
Samambaias, avencas, xaxins e cavalinhas são alguns dos exemplos mais conhecidos de plantas do grupo das pteridófitas. A palavra pteridófita vem do grego pteridon, que significa 'feto'; mais phyton, 'planta'. Observe como as folhas em brotamento apresentam uma forma que lembra a posição de um feto humano no útero materno. Antes da invenção das esponjas de aço e de outros produtos, pteridófitas como a "cavalinha", cujo aspecto lembra a cauda de um cavalo e tem folhas muito ásperas, foram muito utilizadas como instrumento de limpeza. No Brasil, os brotos da samambaia-das-roças ou feto-águia, conhecido como alimento na forma de guisados.
Atualmente, a importância das pteridófitas para o interesse humano restringe-se, principalmente, ao seu valor ornamental. É comum casas e jardins serem embelezados com samambaias e avencas, entre outros exemplos.
Ao longo da história evolutiva da Terra, as pteridófitas foram os primeiros vegetais a apresentar um sistema de vasos condutores de nutrientes.
Isso possibilitou um transporte mais rápido de água pelo corpo vegetal e favoreceu o surgimento de plantas de porte elevado. Além disso, os vasos condutores representam uma das aquisições que contribuíram para a adaptação dessas plantas a ambientes terrestres
O corpo das pteridófitas possui raiz, caule e folha. O caule das atuais pteridófitas é em geral subterrâneo, com desenvolvimento horizontal. Mas, em algumas pteridófitas, como os xaxins, o caule é aéreo. Em geral, cada folha dessas plantas divide-se em muitas partes menores chamadas folíolos.
A maioria das pteridófitas é terrestre e, como as briófitas, vivem preferencialmente em locais úmidos e sombreados.
Reprodução das pteridófitas
Da mesma maneira que as briófitas, as pteridófitas se reproduzem num ciclo que apresenta uma fase sexuada e outra assexuada. Para descrever a reprodução nas pteridófitas, vamos tomar como exemplo uma samambaia comumente cultivada (Polypodium vulgare).
A samambaia é uma planta assexuada produtora de esporos. Por isso, ela representa a fase chamada esporófito
Em certas épocas, na superfície inferior das folhas das samambaias formam-se pontinhos escuros chamados soros. O surgimento dos soros indica que as samambaias estão em época de reprodução - em cada soro são produzidos inúmeros esporos.
Quando os esporos amadurecem, os soros se abrem. Então os esporos caem no solo úmido; cada esporo pode germinar e originar um protalo, aquela plantinha em forma de coração mostrada no esquema abaixo.
O protalo é uma planta sexuada, produtora de gametas; por isso, ele representa a fase chamada de gametófito. Ciclo reprodutivo das samambaias O protalo das samambaias contém estruturas onde se formam anterozoides e oosferas. No interior do protalo existe água em quantidade suficiente para que o anterozoide se desloque em meio líquido e "nade" em direção à oosfera, fecundado-a. Surge então o zigoto, que se desenvolve e forma o embrião.
O embrião, por sua vez, se desenvolve e forma uma nova samambaia, isto é, um novo esporófito. Quando adulta, as samambaias formam soros, iniciando novo ciclo de reprodução.
Briófitas (do gergo bryon: 'musgo'; e phyton: 'planta') são plantas pequenas, geralmente com alguns poucos centímetros de altura, que vivem preferencialmente em locais úmidos e sombreados.
O corpo do musgo é formado basicamente de três partes ou estruturas:
rizoides - filamentos que fixam a planta no ambiente em que ela vive e absorvem a água e os sais minerais disponíveis nesse ambiente;
cauloide - pequena haste de onde partem os filoides;
filoides -estruturas clorofiladas e capazes de fazer fotossíntese.
Estrutura das briófitas
Essas estruturas são chamadas de rizoides, cauloides e filoides porque não têm a mesma organização de raízes, caules e folhas dos demais grupos de plantas (a partir das pteridófitas). Faltam-lhes, por exemplo, vasos condutores especializados no transporte de nutrientes, como a água. Na organização das raízes, caules e folhas verdadeiras verifica-se a presença de vasos condutores de nutrientes.
Devido a ausência de vasos condutores de nutrientes, a água absorvida do ambiente e é transportada nessas plantas de célula para célula, ao longo do corpo do vegetal. Esse tipo de transporte é relativamente lento e limita o desenvolvimento de plantas de grande porte. Assim, as briófitas são sempre pequenas, baixas.
Reprodução das briófitas
Os musgos verdes que vemos num solo úmido, por exemplo, são plantas sexuadas que representam a fase chamada gametófito, isto é, a fase produtora de gametas.
Nas briófitas, os gametófitos em geral têm sexos separados. Em certas épocas, os gametófitos produzem uma pequena estrutura, geralmente na região apical - onde terminam os filoides. Ali os gametas são produzidos. Os gametófitos masculinos produzem gametas móveis, com flagelos: os anterozoides. Já os gametófitos femininos produzem gametas imóveis, chamados oosferas. Uma vez produzidos na planta masculina, os anterozoides podem ser levados até uma planta feminina com pingos de água da chuva que caem e respingam.
Na planta feminina, os anterozoides nadam em direção à oosfera; da união entre um anterozoide e uma oosfera surge o zigoto, que se desenvolve e forma um embrião sobre a planta feminina. Em seguida, o embrião se desenvolve e origina uma fase assexuada chamada esporófito, isto é, a fase produtora de esporos.
No esporófito possui uma haste e uma cápsula. No interior da cápsula formam-se os esporos. Quando maduros, os esporos são liberados e podem germinar no solo úmido. Cada esporo, então, pode se desenvolver e originar um novo musgo verde - a fase sexuada chamada gametófito.
As briófitas dependem da água para a reprodução, pois os anterozoides precisam dela para se deslocar e alcançar a oosfera. O musgo verde, clorofilado, constitui a fase denominada gametófito, considerada duradoura porque o musgo se mantém vivo após a produção de gametas. Já a fase denominada esporófito não tem clorofila; ela é nutrida pela planta feminina sobre a qual cresce. O esporófito é considerado uma fase passageira porque morre logo após produzir esporos.
O corpo do musgo é formado basicamente de três partes ou estruturas:
rizoides - filamentos que fixam a planta no ambiente em que ela vive e absorvem a água e os sais minerais disponíveis nesse ambiente;
cauloide - pequena haste de onde partem os filoides;
filoides -estruturas clorofiladas e capazes de fazer fotossíntese.
Estrutura das briófitas
Essas estruturas são chamadas de rizoides, cauloides e filoides porque não têm a mesma organização de raízes, caules e folhas dos demais grupos de plantas (a partir das pteridófitas). Faltam-lhes, por exemplo, vasos condutores especializados no transporte de nutrientes, como a água. Na organização das raízes, caules e folhas verdadeiras verifica-se a presença de vasos condutores de nutrientes.
Devido a ausência de vasos condutores de nutrientes, a água absorvida do ambiente e é transportada nessas plantas de célula para célula, ao longo do corpo do vegetal. Esse tipo de transporte é relativamente lento e limita o desenvolvimento de plantas de grande porte. Assim, as briófitas são sempre pequenas, baixas.
Reprodução das briófitas
Os musgos verdes que vemos num solo úmido, por exemplo, são plantas sexuadas que representam a fase chamada gametófito, isto é, a fase produtora de gametas.
Nas briófitas, os gametófitos em geral têm sexos separados. Em certas épocas, os gametófitos produzem uma pequena estrutura, geralmente na região apical - onde terminam os filoides. Ali os gametas são produzidos. Os gametófitos masculinos produzem gametas móveis, com flagelos: os anterozoides. Já os gametófitos femininos produzem gametas imóveis, chamados oosferas. Uma vez produzidos na planta masculina, os anterozoides podem ser levados até uma planta feminina com pingos de água da chuva que caem e respingam.
Na planta feminina, os anterozoides nadam em direção à oosfera; da união entre um anterozoide e uma oosfera surge o zigoto, que se desenvolve e forma um embrião sobre a planta feminina. Em seguida, o embrião se desenvolve e origina uma fase assexuada chamada esporófito, isto é, a fase produtora de esporos.
No esporófito possui uma haste e uma cápsula. No interior da cápsula formam-se os esporos. Quando maduros, os esporos são liberados e podem germinar no solo úmido. Cada esporo, então, pode se desenvolver e originar um novo musgo verde - a fase sexuada chamada gametófito.
As briófitas dependem da água para a reprodução, pois os anterozoides precisam dela para se deslocar e alcançar a oosfera. O musgo verde, clorofilado, constitui a fase denominada gametófito, considerada duradoura porque o musgo se mantém vivo após a produção de gametas. Já a fase denominada esporófito não tem clorofila; ela é nutrida pela planta feminina sobre a qual cresce. O esporófito é considerado uma fase passageira porque morre logo após produzir esporos.
Mamíferos
Os mamíferos constituem uma classe (classe Mammalia) bastante diversificada que inclui seres com as mais diversas características e hábitos de vida. São animais que vivem em praticamente todos os ambientes, não existindo nenhuma espécie parasita. Algumas características são exclusivas dessa classe, tais como a presença de pelos, glândulas mamárias, diafragma e dentes diferenciados.
Os pelos dos mamíferos, que podem cobrir totalmente ou somente parte do corpo, são extremamente importantes para manter a temperatura corporal, uma vez que esses animais são homeotérmicos, e a falta de um isolante térmico não permitiria a conservação da temperatura. Além disso, a presença de glândulas sudoríparas em alguns representantes auxilia nessa função, pois, quando a temperatura está muito elevada, elas eliminam o suor, o que ajuda a refrescar o corpo. Os mamíferos apresentam também glândulas mamárias que são responsáveis por produzir leite, que serve de alimento para seus filhotes. Essa é uma das características mais marcantes e a responsável pelo nome dado a essa classe.
Os dentes desses animais são diferenciados e cada um é responsável por uma determinada função. O animal possui dentes diferentes de acordo com sua alimentação. Os herbívoros, por exemplo, geralmente não apresentam caninos. O sistema digestório dos mamíferos é completo, sendo que, nos ornitorrincos e na equidna, ele inicia-se no bico e termina na cloaca, diferentemente das outras espécies, em que inicia na boca e termina no ânus.
Outra característica importante dos mamíferos é a presença de um músculo que divide o tórax e abdome chamado de diafragma. Os movimentos de elevação e abaixamento desse músculo são essenciais para a ventilação dos pulmões. A respiração de todos os representantes é pulmonar, incluindo baleias e golfinhos. Costuma-se dividir essa classe em duas subclasses: Prototheria e Theria. A subclasse Theria é dividida em duas infraclasses: Metatheria (marsupiais) e Eutheria (placentários). Existe ainda a classe Allotheria, entretanto, todos os seus representantes estão extintos.
Os representantes da subclasse Prototheria (monotremados) caracterizam-se por botar ovos, ocorrência comum em répteis. Outra característica desses animais são as mamas sem mamilo. O ornitorrinco e as equidnas, animais restritos à Austrália e Nova Guiné, são exemplos de monotremados.
Os marsupiais (Metatheria) são animais que apresentam uma característica extremamente interessante que diz respeito ao desenvolvimento embrionário. Os filhotes desses mamíferos não nascem completamente formados, terminando seu desenvolvimento dentro de uma bolsa denominada marsúpio. Os cangurus e gambás fazem parte dessa infraclasse.
Os placentários (Eutheria) representam a grande maioria dos mamíferos. Entre os representantes, podemos citar o homem, cachorro, elefante, coelho, girafa, baleia, entre outros. Sua principal característica é o fato de que o desenvolvimento embrionário ocorre dentro do útero da mãe, sendo que a alimentação e as trocas gasosas ocorrem através da placenta. Diferentemente dos marsupiais, eles já nascem completamente formados.
Os mamíferos constituem uma classe (classe Mammalia) bastante diversificada que inclui seres com as mais diversas características e hábitos de vida. São animais que vivem em praticamente todos os ambientes, não existindo nenhuma espécie parasita. Algumas características são exclusivas dessa classe, tais como a presença de pelos, glândulas mamárias, diafragma e dentes diferenciados.
Os pelos dos mamíferos, que podem cobrir totalmente ou somente parte do corpo, são extremamente importantes para manter a temperatura corporal, uma vez que esses animais são homeotérmicos, e a falta de um isolante térmico não permitiria a conservação da temperatura. Além disso, a presença de glândulas sudoríparas em alguns representantes auxilia nessa função, pois, quando a temperatura está muito elevada, elas eliminam o suor, o que ajuda a refrescar o corpo. Os mamíferos apresentam também glândulas mamárias que são responsáveis por produzir leite, que serve de alimento para seus filhotes. Essa é uma das características mais marcantes e a responsável pelo nome dado a essa classe.
Os dentes desses animais são diferenciados e cada um é responsável por uma determinada função. O animal possui dentes diferentes de acordo com sua alimentação. Os herbívoros, por exemplo, geralmente não apresentam caninos. O sistema digestório dos mamíferos é completo, sendo que, nos ornitorrincos e na equidna, ele inicia-se no bico e termina na cloaca, diferentemente das outras espécies, em que inicia na boca e termina no ânus.
Outra característica importante dos mamíferos é a presença de um músculo que divide o tórax e abdome chamado de diafragma. Os movimentos de elevação e abaixamento desse músculo são essenciais para a ventilação dos pulmões. A respiração de todos os representantes é pulmonar, incluindo baleias e golfinhos. Costuma-se dividir essa classe em duas subclasses: Prototheria e Theria. A subclasse Theria é dividida em duas infraclasses: Metatheria (marsupiais) e Eutheria (placentários). Existe ainda a classe Allotheria, entretanto, todos os seus representantes estão extintos.
Os representantes da subclasse Prototheria (monotremados) caracterizam-se por botar ovos, ocorrência comum em répteis. Outra característica desses animais são as mamas sem mamilo. O ornitorrinco e as equidnas, animais restritos à Austrália e Nova Guiné, são exemplos de monotremados.
Os marsupiais (Metatheria) são animais que apresentam uma característica extremamente interessante que diz respeito ao desenvolvimento embrionário. Os filhotes desses mamíferos não nascem completamente formados, terminando seu desenvolvimento dentro de uma bolsa denominada marsúpio. Os cangurus e gambás fazem parte dessa infraclasse.
Os placentários (Eutheria) representam a grande maioria dos mamíferos. Entre os representantes, podemos citar o homem, cachorro, elefante, coelho, girafa, baleia, entre outros. Sua principal característica é o fato de que o desenvolvimento embrionário ocorre dentro do útero da mãe, sendo que a alimentação e as trocas gasosas ocorrem através da placenta. Diferentemente dos marsupiais, eles já nascem completamente formados.
terça-feira, 20 de setembro de 2016
Os anfíbios
Os Anfíbios
A palavra anfíbio vem do grego amphi bio, e siginifica duas vidas, ou vida dupla. Daí vem o nome desse grupo de animais, que são capazes de viver no ambiente terrestre na fase adulta, mas que dependem da água para a reprodução. Os anfíbios fazem parte do grupo dos vertebrados, representando a transição das formas de vida exclusivamente aquáticas (peixes) para as capazes de viver na terra (répteis). São caracterizados por sua pele úmida, com glândulas, pela ausência de pelo ou penas e, uma de suas características mais conhecidas, o sangue frio. Assim como os répteis, eles adaptam a temperatura corporal à temperatura do ambiente, tanto na água quanto na terra, e por isso, são muito sensíveis a mudanças climáticas e ambientais.
Origem e Evolução
Há 400 milhões de anos, todos os ambientes aquáticos eram ocupados por peixes. Evidências paleontológicas sugerem que nesse período, o clima teria provocado o ressecamento de lagoas e cursos de agua e, dessa forma, os peixes que pudessem se apoiar em nadadeiras carnosas e obter oxigênio por meio do ar poderiam rastejar a procura de outros corpos de agua. Além disso, o meio aquático era cheio de predadores, enquanto que no terrestre, onde as plantas já haviam iniciado sua dispersão, havia algumas espécies de invertebrados. A combinação entre abundância de alimentos e escassez de predadores teria feito do meio terrestre o local ideal para a sobrevivência de novas espécies. Os anfíbios atuais são descendentes dos primeiros vertebrados a iniciarem a saída das águas, provavelmente com um menor número de adaptações morfológicas do que os outros tetrápodes (sendo estes os répteis, as aves e os mamíferos), e um compensatório, porém diferente, número (e formas) de adaptações fisiológicas.
Cobertura Corporal
Sua pele é formada por dois tecidos: a epiderme e a derme. A derme, formada de tecido conjuntivo é frouxamente ligada à musculatura, podendo apresentar cromatóforos (células pigmentares), que são responsáveis pela coloração. A superfície da epiderme secreta queratina, a fim de protegê-los da desidratação, já as células mais internas originam glândulas mucosas, cuja secreção ajuda a manter a pele úmida, e glândulas serosas, que secretam toxinas. Todo o anfíbio produz substâncias tóxicas. Existem espécies mais e menos tóxicas e os acidentes com humanos somente acontecerão se essas substâncias entrarem em contato com as mucosas ou sangue.
A pele fina, rica em vasos sanguíneos e glândulas, através da respiração, permite-lhes, a absorção de água, que funciona como defesa orgânica. Quando estão com "sede", encostam a região ventral de seu corpo na água e a absorvem pela pele.
Esqueleto
O esqueleto dos anfíbios, como o de outros vertebrados, fornece apoio aos músculos e protege o sistema nervoso e as vísceras. A organização do esqueleto varia de acordo com cada espécie e suas necessidades especificas. O crânio é leve, com perfil achatado e com grandes orifícios nas orbitas e narinas. Suas maxilas podem suportar pequenos dentes.
Respiração e Circulação
No estágio larval, de vida aquática, os anfíbios respiram por brânquias, como os peixes. Quando adultos, vivem em ambiente terrestre e realizam a respiração pulmonar. Como os seus pulmões são simples e têm pouca superfície de contato para as trocas gasosas, a respiração pulmonar é pouco eficiente, sendo mais importante a respiração cutânea, ou seja, processo de trocas gasosas com o meio ambiente através da pele.A pele deve, necessariamente, estar úmida, pois os gases não se difundem em superfícies secas. As paredes finas das células superficiais da pele permitem a passagem do oxigênio para o sangue. A pele dos anfíbios é bem vascularizada, isto é, com muitos vasos sanguíneos.
Quanto à circulação, os anfíbios têm circulação fechada (o sangue circula dentro dos vasos). Como ocorre mistura de sangue venoso (rico em gás carbônico) e arterial (rico em oxigênio), a circulação neste grupo de animais é incompleta. Além disso, sua circulação é dupla, já que o sangue circula por dois circuitos, o pulmonar e o sistêmico.
-Na circulação pulmonar, o sangue pobre em oxigênio, que vem do corpo e entra no átrio direito do coração, passa ao ventrículo e depois aos pulmões, onde é oxigenado e depois volta ao coração pelo átrio esquerdo, passando então para o ventrículo.
-Na circulação sistêmica, o sangue oxigenado é impulsionado aos órgãos do corpo e, depois de ceder parte do oxigênio para as células, retorna ao coração. Uma estrutura presente no ventrículo impede que esse sangue se misture daquele vindo dos pulmões.
Nutrição, digestão e excreção
As formas larvais geralmente são herbívoras, já na fase adulta, que ocorre no ambiente terrestre, os anfíbios são carnívoros. Alimentam-se de minhocas, insetos, aranhas, e de outros vertebrados. Os dentes, por serem poucos desenvolvidos, não servem para mastigar ou triturar, mas para impedir que os alimentos escapem da boca.
A língua, que é fixada à parte anterior da boca, possui glândulas que secretam substâncias viscosas. Quando esticada para fora da boca, a língua desses animais alcança uma grande distância, sendo assim que os anfíbios capturam suas presas, que ficam aderidas à língua.
Possuem estômago bem desenvolvido, intestino que termina em uma cloaca, glândulas como fígado e pâncreas. Seu sistema digestório produz substâncias capazes de digerir a "casca" de insetos.
Os anfíbios fazem a sua excreção através dos rins, e sua urina é abundante e bem diluída, isto é, há bastante água na urina, em relação às outras substâncias que a formam.
Sistema nervoso e sensorial
Os anfíbios possuem encéfalo e medula espinhal dos quais partem, respectivamente, nervos para a cabeça e para o restante do corpo. As formas larvais das espécies aquáticas possuem linha lateral semelhante à dos peixes.
Sua visão é sensível a movimentos e as glândulas lacrimais e pálpebras móveis ajudam a manter a superfície dos olhos limpa e protegida, o que é uma importante adaptação à vida terrestre. O tato, o olfato e o paladar são bem desenvolvidos. A audição também é muito importante, visto que as vocalizações dos machos atraem as fêmeas.
Reprodução
Os anfíbios apresentam 39 modos reprodutivos distintos, com alguns mais comuns do que outros, sendo superados em diversidade de modos reprodutivos apenas pelos peixes.
Todas as espécies de anfíbios possuem sexos separados, e, na maioria delas, a fecundação é externa. Também é muito comum a fase larval, que passa por metamorfose, em muitas espécies. Outras espécies são totalmente terrestre e, nelas, a fecundação é interna e sem metamorfose.
O lugar para a reprodução dos anfíbios varia entre as espécies. Pode ser uma poça transitória formada após uma chuva, um rio, lago ou um açude. Há também os que procriam na terra, desde que seja bem úmida.
O acasalamento da maioria dos anfíbios acontece na água. O coaxar do sapo macho faz parte do ritual "pré-nupcial". A fêmea, no seu período fértil, é atraída pelo parceiro sexual por meio do seu canto e do seu coaxar.
Classificação
Atualmente, os representantes dos anfíbios estão divididos em três ordens: a dos anuros, a dos caudados e a dos apodes.
Ordem dos anuros
A ordem dos anuros é composta por sapos, rãs e pererecas, sendo o grupo com mais espécies no Brasil e no mundo. Algumas espécies produzem venenos potentes. Os sapos, principalmente da família Bufonidae, são os maiores animais anuros, com o tronco mais forte e pele mais seca e rugosa.
São abundantes em regiões tropicais e temperadas do mundo, sendo mais frequentes em lagos e riachos. Muitas espécies passam longos períodos longe da água, mas retornam a ela para realizar a reprodução. Em varias espécies, o macho da um abraço nupcial na fêmea, que solta na agua ovos envoltos numa capa gelatinosa, sobre os quais o macho deposita os espermatozoides. Alguns dias após a fecundação, o ovo libera um girino, que mais tarde cresce e sofre metamorfose, num processo que pode durar até três anos.
Ordem dos caudados ou urodelos
Essa ordem reúne as espécies de salamandras e tritões, que em sua maioria é carnívora, que estão distribuídos nas regiões temperadas no hemisfério Norte e nas zonas tropicais da América Latina. Seus hábitos são essencialmente noturnos. Diferente dos anuros e das cobras-cegas, as salamandras possuem cauda e patas, são pequenas e se movem bem devagar. Sua pele é lisa, úmida e pegajosa, como a pele das rãs, mas seu corpo é mais alongado, e por isso não têm a habilidade de saltar. Geralmente medem menos de 15 cm de comprimento e secretam um veneno que as protege de predadores. Esse veneno é produzido por glândulas localizadas na parte de traz da cabeça e é muito forte.
Esses animais são muito confundidos com os lagartos, mas podem ser diferenciados pela ausência de escamas. Além disso, o corpo das salamandras e dos tritões possui glândulas visíveis ao longo do corpo. A ordem Urodela possui espécies aquáticas, semi-aquáticas ou terrestres, mas sua vida inicia obrigatoriamente na água, e por isso, são da classe dos anfíbios.
A reprodução ocorre geralmente por fecundação interna. Após a fecundação, as fêmeas depositam ovos dentro da agua, que, ao eclodir, liberam larvas branquiadas e com cauda em forma de nadadeira. Mais tarde, essas larvas sofrem metamorfose.
Ordem dos ápodes
A ordem dos ápodes é composta pelas cecílias e cobras-cegas. Embora tenha uma aparência física muito parecida com a aparência das cobras, as cobras-cegas não são répteis. Seu corpo tem a aparência de uma grande minhoca, sua pele é lisa e com pequenas marcas, formando anéis. Alimentam-se de invertebrados do solo, como vermes e minhocas.
Esses anfíbios não possuem patas, e seus olhos não são desenvolvidos, por isso não podem ver. Seus corpos são longos e delgados e eles são adaptados à vida na água, em túneis ou no solo A falta de visão é compensada por pequenos tentáculos, que os ajudam a “enxergar” pelo tato. Nesses animais, a fecundação é interna e os machos possuem um órgão próprio para a cópula, o falodeu. As espécies dessa ordem podem ser ovíparas, ou vivíparas.
Referências
http://aprovadonovestibular.com/anfibios-animais-caracteristicas-fotos-tipos-e-exemplos.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Anf%C3%ADbios
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos3/bioanfibios.php
QUINZE CURIOSIDADES SOBRE AS AVES
1. Em todo o mundo existem mais de 8.500 espécies de aves.
2. O passarinho consegue quebrar a casca do ovo quando nasce porque ele vem com um dente especial próprio para quebrar a casca. O filhote leva dois dias para quebrar a casca, depois disso ele perde este dente.
3. O Condor é a maior ave de rapina do mundo. Suas asas podem medir três metros de uma ponta a outra.
4. Um avestruz tem o mesmo tamanho de um camelo – 1,80 a 2,50 metros de altura.
5. O Avestruz pode viver até 50 anos enquanto a Arara pode até os 60 anos.
6. Entre as curiosidades sobre aves, você sabia, por exemplo, que o vocabulário dos papagaios não passa de 20 palavras.
7. As Corujas e os Mochos podem enxergar no escuro quase como se fosse de dia. Seus olhos grandes são adaptados à escuridão da noite.
8. Algumas espécies de Beija-Flores podem voar até 150km/h.
9. Os ovos da galinha são os mais consumidos porque é uma das espécies mais produtivas. Uma galinha é capaz de produzir 300 ovos por ano.
10. Podemos elencar como a última curiosidade sobre as aves que os ossos das aves são ocos e extremamente leves, possibilitando que seus voos sejam feitos livremente.
11.O comprimento e a simetria da cauda de uma andorinha macho indicam o quanto saudável ela é.
Os machos de caudas longas tem mais chances de sobreviver aos longos voos, no inverno.
12.Os passarinhos canoros tem um repertório de até 7 músicas.
Aves da mesma área cantam músicas semelhantes, aprendendo com os vizinhos e com os pais.
13.Os gaios do cerrado tem famílias numerosas, e os filhotes não vão embora - ficam e ajudam a criar e alimentar a nova ninhada.
14.O pitohui,um pássaro da Nova Guiné , é um dos pucos pássaros que possui defesa química.
Sua pele, penas e músculos contém um veneno chamado homobatraquiotoxina, também encontrado em sapos da América do Sul (só que em maior quantidade).
Não se sabeao certo como esses pássaros e sapos produzem a mesma toxina, mas provavelmente a resposta esteja na sua alimentação.
Os habitantes da Nova Guiné não comem o pitohui por causa do seu gosto e cheiro repulsivo e porque sua carne anestesia a boca.
15. Como técnica de defesa algumas aves do Ártico (esta do lado é da ilhas Shetland) cospem e deixam um odor repulsivo.
Se chegar perto de um ninho dessas aves pode levar uma boa cuspida e ficar catingando por semanas
Veja hierarquia dos táxons de aves brasileiras
Hierarquia dos táxons pertencentes à classe 'Aves' de todas as aves do Brasil. Esta lista é baseada na Lista de Aves do Brasil de Janeiro de 2014 do CBRO (Comitê Brasileiro de Registro Ornitológico), que conta com 1901 espécies.
Veja ---> http://www.wikiaves.com.br/aves
Aves
As aves conquistaram o meio terrestre de modo muito mais eficiente que os répteis. A principal característica que permitiu essa conquista foi, sem dúvida, a homeotermia, a capacidade de manter a temperatura corporal relativamente constante à custa de uma alta taxa metabólica gerada pela intensa combustão de alimento energético nas células.
Essa característica permitiu às aves, juntamente com os mamíferos, a invasão de qualquer ambiente terrestre, inclusive os permanentemente gelados, até então não ocupados pelos outros vertebrados.
As aves variam muito em seu tamanho, dos minúsculos beija-flores a espécies de grande porte como o avestruz e a ema. Note que todos os pássaros são aves, mas nem todas as aves são pássaros.
Os pássaros estão incluidos na ordem Passeriformes, constituindo a ordem mais rica, ou seja, com maior número de espécies dentro do grupo das aves.
Enquanto a maioria das aves são caracterizadas pelo vôo, as ratitas não podem voar ou apresentam vôo limitado, uma característica considerada secundária, ou seja, adquirida por espécies "novas" a partir de ancestrais que conseguiam voar.
Muitas outras espécies, particularmente as insulares, também perderam essa habilidade. As espécies não-voadoras incluem o pinguim, avestruz, quivi, e o extinto dodo. Aves não-voadoras são especialmente vulneráveis à extinção por conta da ação antrópica direta (destruição e fragmentação do habitat, poluição etc.) ou indireta (introdução de animais/plantas exóticos, mamíferos em particular).
Uma característica que favorece a homeotermia nas aves é a existência de um coração totalmente dividido em quatro cavidades: dois átrios e dois ventrículos.
Não ocorre mistura de sangues. A metade direita (átrio e ventrículo direitos) trabalha exclusivamente com sangue pobre em oxigênio, encaminhando-o aos pulmões para oxigenação. A metade esquerda trabalha apenas com sangue rico em oxigênio. O ventrículo esquerdo, de parede musculosa, bombeia o sangue para a artéria aorta. Assim, a todo o momento, os tecidos recebem sangue ricamente oxigenado, o que garante a manutenção constante de altas taxas metabólicas. Esse fato, associado aos mecanismos de regulação térmica, favorece a sobrevivência em qualquer tipo de ambiente. A circulação é dupla e completa.
O sistema respiratório também contribui para a manutenção da homeotermia. Embora os pulmões sejam pequenos, existem sacos aéreos, ramificações pulmonares membranosas que penetram por entre algumas vísceras e mesmo no interior de cavidades de ossos longos.
A movimentação constante de ar dos pulmões para os sacos aéreos e destes para os pulmões permite um suprimento renovado de oxigênio para os tecidos, o que contribui para a manutenção de elevadas taxas metabólicas.
A pele das aves é seca, não-dotada de glândulas e rica em queratina que, em alguns locais do corpo, se organiza na forma de placa, garras, bico córneo e é constituinte fundamental das pernas.
As aves não têm glândulas na pele. No entanto, há uma exceção: a glândula uropigial (ou uropigiana), localizada na porção dorsal da cauda e cuja secreção oleosa lubrificante é espalhada pela ave, com o bico, nas penas. Essa adaptação impede o encharcamento das penas em aves aquáticas e ajuda a entender por que as aves não se molham, mesmo que fiquem desprotegidas durante uma chuva.
Exclusividade das aves: corpo coberto por penas
Digestão e excreção em aves
As aves consomem os mais variados tipos de alimentos: frutos, néctar, sementes, insetos, vermes, crustáceos, moluscos, peixes e outros pequenos vertebrados. Elas possuem um sistema digestivo completo, composto de boca, faringe, esôfago, papo, proventrículo, moela, intestino, cloaca e órgãos anexos (fígado e pâncreas).
Ao serem engolidos os alimentos passam pela faringe, pelo esôfago e vão para o papo, cuja função é armazenar e amolecer os alimentos. Daí eles vão para o proventrículo, que é o estômago químico das aves, onde sofrem a ação de sucos digestivos e começam a ser digeridos. Passam então para a moela (estômago mecânico) que tem paredes grossas e musculosas, onde os alimentos são triturados.
Finalmente atingem o intestino, onde as substâncias nutritivas são absorvidas pelo organismo. Os restos não aproveitados transformam-se em fezes.
As aves possuem uma bolsa única, a cloaca, onde desembocam as partes finais do sistema digestivo, urinário e reprodutor e que se abre para o exterior. Por essa bolsa eles eliminam as fezes e a urina e também põem os ovos.
Répteis: Características gerais
Há milhões de anos, mais precisamente desde a era Paleozoica, os répteis habitam nosso planeta. Se antes eram bem maiores e mais predadores, hoje os répteis são menores e mais evoluídos que seus antecessores, alguns dinossauros. Tartarugas, jabutis, cobras, crocodilos, jacarés e lagartos fazem parte da classe reptilia, palavra que vem do grego reptum e significa rastejar.
Os répteis são animais vertebrados que possuem o corpo com escamas. Outra característica típica desses seres vivos é o fato de sua temperatura corporal variar conforme a temperatura do ambiente em que estão. Assim, quando está frio, o corpo apresenta uma temperatura baixa e, ao esquentar, ele também se aquece.
Répteis costumam ser encontrados em ambientes terrestres. Alguns também podem ser vistos nos troncos ou copas de árvores, dentro da água, ou mesmo caminhando em nossas paredes, como é o caso das lagartixas. Geralmente eles põem ovos com casca.
Muitos répteis rastejam ao andar, mesmo aqueles que possuem quatro patas. Todos possuem cauda e alguns também apresentam uma carapaça. Isso dependerá, basicamente, do grupo ao qual pertencem.
São eles:
- Tartarugas, cágados, jabutis e tracajás: esses animais, também chamados de quelônios, possuem uma carapaça em volta de seu corpo. Além disso, possuem cauda e quatro patas. Podem ser encontrados em ambientes terrestres ou aquáticos, de água doce ou salgada.
- Jacarés, crocodilos e gaviais: também chamados de crocodilianos, esses animais possuem corpo grande, com quatro patas e cauda. Podem ser encontrados em ambiente terrestre ou aquático.
- Lagartos, lagartixas, calangos, teiús, iguanas e camaleões: geralmente possuem quatro patas com unhas, além de cauda. Alguns são capazes de soltar um pedaço desta quando se sentem ameaçados. A esse fenômeno damos um nome um pouco estranho: autotomia caudal. Esses animais são mais encontrados em ambientes terrestres, algumas vezes escalando plantas, muros e paredes, ou mesmo embaixo de troncos.
- Tuataras: esses animais são encontrados somente na Nova Zelândia. São muito parecidos com os lagartos, mas apresentam um "terceiro olho" no alto da cabeça, coberto por uma membrana.
- Cobras-de-duas-cabeças: também chamadas de anfisbenas, são diferentes das serpentes porque apresentam a cauda curta e arredondada. Costumam viver enterradas no solo, ou embaixo de troncos ou matéria orgânica em geral.
- Serpentes: animais de corpo longo, cilíndrico, com cauda comprida. São típicos de ambiente terrestre, podendo ser encontrados também em buracos, embaixo de troncos de árvores e, em alguns casos, em ambiente aquático.
Algumas poucas serpentes são capazes de provocar acidentes, uma vez que, quando se sentem ameaçadas, são capazes de morder a pessoa, liberando veneno em seu sangue. Dessa forma, é importante respeitar o animal, evitando tocá-lo ou mesmo ocupar seu território.
As serpentes venenosas do Brasil, de uma forma geral, possuem uma estrutura chamada fosseta loreal, que fica entre a narina e o olho (veja na foto). A única espécie que não tem fosseta é a cobra-coral.
quinta-feira, 1 de setembro de 2016
Reprodução dos peixes
A maioria dos peixes ósseos apresenta fecundação externa: a fêmea e o macho liberam seus gametas na água. Após a fecundação do óvulo por um espermatozóide, forma-se o zigoto. Em muitas espécies de peixes ósseos, o desenvolvimento é indireto, com larvas chamadas alevinos.
Nos peixes cartilaginosos, a fecundação é geralmente interna: o macho introduz seus espermatozóides no corpo da fêmea, onde os óvulos são fecundados. O desenvolvimento é direto: os ovos dão origem a filhotes que já nascem com o aspecto geral de um adulto, apenas menores.
Classificação
Existem duas classes de peixes: a classe dos condrictes (do grego khondros: 'cartilagem'; e ichthyes: 'peixe'), ou peixes cartilaginosos, e a classe dos osteíctes (do grego osteon: 'osso'), ou peixes ósseos.
Os peixes ósseos são os mais abundantes em número de espécies conhecidas, representando cerca de 95% do total dessas espécies. Existem várias diferenças entre os peixes cartilaginosos e os ósseos.
Os peixes cartilaginosos, como o tubarão e a raia, vivem principalmente em água salgada. Mas algumas espécies de raia vivem em água doce.
Entre as características dos peixes cartilaginosos, podemos considerar:
esqueleto cartilaginoso e relativamente leve;
presença de cinco pares de fendas branquiais e um orifício chamado espiráculo, por onde entra a água e banha as brânquias;
boca localizada ventralmente e intestino terminando em uma espécie de bolsa chamada cloaca - nela, convergem os dutos finais do sistema digestório, urinário e genital.
Tanto os peixes cartilaginosos quanto os peixes ósseos diversificaram-se muito entre 300 e 400 milhões de anos atrás, passando a dominar o ambiente aquático. Mas, enquanto os peixes cartilaginosos surgiram nos mares, os peixes ósseos, ao que tudo indica, surgiram em ambientes de água doce e só posteriormente invadiram os mares. Outra conclusão a que chegaram os cientistas é que o esqueleto cartilaginoso dos condrictes foi uma característica que apareceu secundariamente, pois seus ancestrais tinham esqueleto ósseo.
Há cerca de 500 milhões de anos surgiram os primeiros vertebrados: os ostracodermos. À semelhança dos ágnatos (lampreias), esses pequenos peixes eram desprovidos de mandíbulas, vivendo no fundo do mar, de onde obtinham alimento por filtração dos sedimentos. Tais peixes foram suplantados pelo aparecimento dos placodermos, dotados de uma importante novidade evolutiva: a presença de mandíbulas móveis. Juntamente com a presença de dentes afiados, as mandíbulas permitiram a conquista de um novo tipo de comportamento para obter alimento: a predação de outros animais.
A passagem de uma alimentação por filtração para uma alimentação por predação abriu caminho para o surgimento de mecanismos mais complexos de ataque e fuga. Os órgãos dos sentidos tornavam-se mais complexos e passavam a orientar movimentos mais eficientes, produzidos por nadadeiras pares. Surgiam, assim, animais maiores e mais complexos, que deram origem aos peixes atuais.
Os condrictes surgiram no mar. Os osteíctes originaram-se de peixes de água doce dotados de bolsas de gás que serviam de pulmões primitivos. Essas bolsas complementavam a respiração branquial e permitiam resistir às estações secas. O grupo que permaneceu com esse pulmão originou os atuais peixes pulmonados. Um segundo grupo migrou para o mar e a bolsa de gás evoluiu para a bexiga natatória, originando os osteíctes marinhos. Posteriormente, alguns osteíctes marinhos voltaram à água doce, originando os atuais peixes dulcícolas, também dotados de bexiga natatória.
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